Distrito Federal terá novo Plano de Transporte e Mobilidade até julho de 2025; técnicos da UFSC iniciam pesquisa em maio

Laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina irá liderar processo que visa melhorias na mobilidade urbana.
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O Governo do Distrito Federal irá assinar nesta terça-feira (09) a ordem de execução dos trabalhos para atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal (PDTU). A cerimônia está marcada para as 10h, no Salão Nobre do Palácio do Buriti. O processo será conduzido pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com previsão de conclusão até julho de 2025.

Serão realizadas pesquisas de origem e destino em cerca de 10 mil domicílios, além do fluxo e da satisfação no transporte coletivo, abrangendo a avaliação das infraestruturas para modo ativo, coletivo e de circulação viária. Está previsto que essas pesquisas ocorram nos meses de maio e junho, com entrega dos resultados preliminares em julho e o resultado final das análises após 12 meses dos resultados preliminares.

Segundo o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, essas informações serão fundamentais para compreender os padrões de deslocamento. “Os dados levantados facilitarão o entendimento referente ao deslocamento e à interação entre diferentes modos de transporte e o espaço urbano. Além disso, serão realizadas quatro audiências públicas e oficinas temáticas e regionais, garantindo a inclusão de diversas perspectivas em um processo contínuo de participação da sociedade”.

Após a validação das propostas pela sociedade, serão estabelecidos objetivos, metas e ações estratégicas para melhorar o transporte urbano da população. Para atualizar o PDTU, os técnicos do LabTrans considerarão a população estimada de 3,1 milhões de habitantes e realizarão uma série de pesquisas abrangendo 13 municípios do Entorno do DF.

Os pesquisadores levantarão as condições reais de prestação dos serviços de transporte coletivo, entrevistando passageiros e traçando perfis de origem e destino das viagens. O LabTrans deverá apresentar um diagnóstico da mobilidade urbana do DF e Entorno, além das análises de alternativas, com projeção da demanda para cenários a serem desenvolvidos em até 15 anos. Estão previstas pelo menos quatro audiências públicas para debater o PDTU com a população. Esses dados também permitirão elaborar o Plano de Mobilidade Urbana, conforme o disposto na Lei Federal 12.587/2012.

O acordo com o LabTrans foi estabelecido por meio de um convênio tripartite entre a Semob, a UFSC e a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), com valor total de R$ 7,8 milhões.

De acordo com a Lei Distrital 4.566/2011, o PDTU deve ser atualizado por ocasião do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), visando orientar o planejamento de transporte e mobilidade diante do crescimento das cidades e das necessidades de deslocamento da população. A atualização do PDTU será baseada em pesquisa de origem-destino por amostra de domicílios e incorporará as definições do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT).

Imagem: Reprodução/Agência Brasília

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