Sitrans diz que integração temporal gerou queda no número de passageiros em Campina Grande

Essa modalidade não beneficiou as empesas e houve um efeito contrário.
Image

Por Paraíba on line
Imagem JC Barboza

O diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sitrans), Anchieta Bernardino, durante entrevista à Rádio Campina FM, comentou a respeito da gratuidade do transporte coletivo de Campina Grande.

Anchieta afirmou que a gratuidade tem inviabilizado o sistema de transporte público, além de que houve uma queda no número de passageiros pagantes.

Segundo ele, o número estimando era de 1,8 milhão e apenas 1,2 milhão é quem paga as passagens.

– A tarifa, quando calculada, é feita tomando por base os passageiros pagantes. Essa tarifa vigente foi estimada para 1,8 milhão de passageiros, só que hoje temos efetivamente 1,2 milhão. Faltam 600 mil e com a passagem a R$ 3,60 fica inviável – disse.

Anchieta frisou que os governantes estão autorizando a gratuidade, mas não têm pago ao sistema de transporte coletivo o valor correspondente a esse débito.

– Os governantes entendem que eles podem autorizar a gratuidade, mas não a pagam e a lei é específica, e diz que não pode. A lei municipal 2783, que criou o sistema, em seu artigo 104, diz que é proibido criar gratuidade. Hoje temos em torno de 43% de gratuidade no sistema de transporte público de Campina Grande – pontuou.

Ele ainda ressaltou que a gratuidade era bem menor, mas após a universalização da integração, esta passou a representar em torno de 18%.

– Quando a integração era só no Terminal, a gratuidade ficava em torno de 5%, porque as pessoas pegavam apenas lá o segundo ônibus. Mas, agora, com o passageiro pegando em qualquer ponto da cidade, em até 70 minutos, essa gratuidade aumentou para 18%. Essa modalidade não beneficiou as empesas e houve um efeito contrário. Elas aceitaram a proposta porque o pensamento era de que fosse aumentar o número de passageiros pois, como os clientes iriam ter mais tempo, isso poderia estimulá-los a andar mais de ônibus, mas continuaram os mesmos passageiros e a gratuidade aumentou – contou.