Retrospectiva 2018: o ano mais intenso do Grupo A.Cândido

Linhas e carros mudando de empresa, marca Transnacional sendo vista no fretamento, mudanças em linhas. Como foi o ano em que o Grupo A.Cândido esteve em pleno movimento.
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Por Ônibus Paraibanos-Josivandro Avelar
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O ano de 2018 foi intenso no Grupo A.Cândido. A Transnacional, principal marca do grupo, passou pela maior quantidade de mudanças e alterações estruturais como nunca antes em seus 31 anos de existência como principal marca da holding campinense.

Consolidando sua posição como maior grupo empresarial de transporte da Paraíba e um dos maiores do Nordeste, o Grupo A.Cândido mexeu como nunca antes em sua estrutura, principalmente na Grande João Pessoa, maior mercado onde atua. O grupo continuou forte, unido, e em pleno movimento.

Veja um resumo de tudo o que aconteceu nesse ano por lá – e na Santa Maria.

Da Transnacional para a Reunidas, 3 foram e 2 voltaram

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Carro 08111 na linha 601-Bessa; carro era o 0748 da Transnacional e era fixo do 601, foi junto com a linha para a Reunidas.

Entre maio e julho, 3 linhas foram passadas da Transnacional para a Reunidas. Foram elas as linhas 601-Bessa, 510-Tambaú/Praia e 511-Tambaú/Manaíra Shopping.

As três linhas foram para a Reunidas, e levaram os carros junto. Todo mundo que estava nelas foi renumerado de 08111 para cima, levando a frota a ir até 08137. Mais carros tiveram de ser adicionados à Reunidas, uma vez que carros da Transnacional foram remanejados para lá. Para tanto, vários carros deixaram a frota de Cabedelo.

Com as várias renumerações, até cenas como essa foram vistas, como a do 08123, que era o 07029. Para que você não se perca, o carro voltou a ser 07029.

Se ninguém poderia esperar a saída de três linhas tão importantes para a Transnacional, muito menos poderia esperar a volta de duas delas. Menos de 60 dias depois, as linhas 510 e 511 retornaram para a Transnacional, mais uma vez levando os ônibus junto, que receberam as numerações antigas de volta.

Já outros carros, como 07034 e 07128, voltaram em outras carrocerias. Como os originais foram transferidos de vez para Cabedelo, coube aos antigos 0805 e 0861, que já foram de Cabedelo como 08138 e 08147, passarem para a Transnacional, tendo passado desse modo em todos os departamentos da garagem de Água Fria.

Carros como o 0778 só precisaram arrancar adesivos para retomarem as suas antigas numerações. Já outros foram renumerados na tinta, e por conta disso, os abaixo de 0799 (referência) passaram a contar com a numeração fixa de 5 dígitos – ou centena zero.

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0778 chegou a ser renumerado, mas voltou a ser 0778, assim como a linha voltou para a Transnacional.

Já a linha 601-Bessa, permaneceu na Reunidas, mas perdeu 5 de seus 7 carros para…

…A conquista do Conde

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Aqui começamos a contar a história da licitação do Consórcio Metropolitano, que foi dividida em dois lotes: além da já prometida licitação de Bayeux, Cabedelo e Conde tiveram suas linhas licitadas, e isso ajuda a explicar toda a intensidade dessas mudanças que estamos relatando nesta retrospectiva.

A Transnacional passou a concentrar toda a operação das linhas metropolitanas, assumindo por licitação as linhas que pertenciam tanto à Reunidas quanto à Santa Maria. Ficou com Bayeux, Cabedelo e Conde. Quem poderia esperar?

A Transnacional entrou em Cabedelo sem ninguém perceber. Isso se deu quando ela começou a substituir as numerações de seus ônibus de 08XXX – da Reunidas – para 510XX. Parecia ser a liberação de todas as numerações da Reunidas para a frota municipal, mas era a Transnacional entrando em Cabedelo.

Como a frota do Conde fazia parte do mesmo lote na licitação do DER, os ônibus das linhas intermunicipais da cidade também passaram a contar com a numeração 510XX. A Santa Maria saía de cena pela porta da frente e de maneira inesperada para muitos, visto que ninguém poderia imaginar que deixaria as linhas do Conde, herdadas da Boa Viagem, e isso tendo renovado a frota com três ônibus zero no início do ano.

Saíam os carros da Santa Maria, entraram os da Transnacional. Para as linhas da BR-101 – que utilizam bilhetagem seccionada -, apareciam os 5 carros que deixaram a linha 601-Bessa, além de mais 3 unidades herdadas de outras linhas. Para a linha 5305, da PB-008, carros que operaram na Transnacional – alguns até da própria frota municipal – entraram em cena até a inclusão da frota definitiva, que conta com três ônibus que pertenceram à frota municipal da Transnacional.

E quem iria cobrir os buracos cavados pelos 5 carros que deixaram a linha 601-Bessa?

A troca do Grotão!

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Carro da Santa Maria na 101A-Grotão, a antiga 101 da Reunidas. Esse carro mesmo é o antigo 5301, transferido da frota do Conde assim como outros cinco carros.

Desde a fundação da Santa Maria, em 2010, e com a inclusão de duas linhas da Reunidas no mesmo ano – as linhas 109-Rua do Rio e 1510-Circular – já era esperado que isso um dia fosse acontecer no Grotão. E o tempo vinha cantando a bola.

Primeiro as linhas 114, e mais para frente a 101, foram esticadas até o Colinas. Depois foi a vez do 114 ser ainda mais esticado até a sua transferência para a Santa Maria e posterior incorporação à linha 116-Colinas do Sul. Mas ainda tava faltando alguém.

Até que esse dia chegou. A linha 101-Grotão, uma das linhas “fundadoras” da Reunidas, mudou de empresa no dia 1º de setembro, passando como esperado para a Santa Maria. Porém diferente das últimas trocas, nessa ela teve que alterar o código, que estava atrelado à Unitrans. Saía o 101-Grotão e entrava a linha 101A-Grotão, que nada mais é do que a mesma linha, operada por outra empresa.

E para que isso fosse possível, entram aí a troca de empresa da 601-Bessa e a transferência das linhas do Conde. Quem está operando a linha 101A são seis ônibus que estavam na frota do Conde. Já os carros da Reunidas que operavam a linha 101-Grotão foram para o 601-Bessa, além de trocas com as linhas 513-Tambaú/Bessa e 521-Val Paraíso, que no fim liberaram os 5 Torinos de 2016 que estavam na linha 601-Bessa para as linhas 5301 e 5302 do Conde. Era preciso apenas isso para a Santa Maria sair de vez do Litoral Sul e assumir a 101.

Outros dois carros da frota do Conde foram incorporados à frota municipal, mas eram Torinos 1418, que reforçaram as linhas 002-Roger e I009-Boa Esperança, liberando Torinos 1722 para o Grotão – completando as sete vagas – e reservas das linhas do Centro.

Segue o xadrez: sua linha não roda mais no domingo, nem no feriado

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Linha 304-Castelo Branco: linha deixou de rodar aos domingos, sendo suplementada pelas Circulares dos Bancários.

Os usuários das linhas 304-Castelo Branco, 2303 e 3203-Mangabeira se reprogramaram para andar de ônibus aos domingos e feriados.

Essas linhas deixaram de rodar nesses dias, e sobrou para os usuários de outras quatro linhas, que agora passaram a andar e esperar mais pelo ônibus.

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A linha 304-Castelo Branco teve o itinerário suplementado pelas linhas 3510 e 5310, dos Bancários. Já as linhas 2303 e 3203, de Mangabeira, foram suplementadas pelas linhas 2307 e 3207, da Penha.

E por essa, você esperava?

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A marca Transnacional rompeu barreiras em 2018.

No mesmo mês em que a linha 601-Bessa passava para a Reunidas, o Grupo A.Cândido deu um verdadeiro pulo do gato para consolidar a sua empresa de fretamento. Para isso, a marca TBS teve que ir pro espaço.

E entrou em seu lugar a já consagrada marca Transnacional. Com a pintura do arco misturada com as três listras, a marca da maior empresa de transporte coletivo da Paraíba agora poderia ser vista em várias cidades de no mínimo cinco estados nordestinos.

Como herdou a frota de quase 400 carros da TBS, pode ser visto de tudo na frota da Transnacional: de Ideale a Audace, de Campione a Viaggio, de Volare a – isso mesmo – van. A Transnacional também herdou as Sprinters da TBS.

E as novidades, como não poderia deixar de ser…

Apenas o Grupo A.Cândido investiu em frota zero quilômetro em 2018. As compras foram feitas em janeiro e agosto de 2018. E isso sem contar a grande quantidade de remanejamentos provocados pelas mudanças acima.

Para começar, o último lote de Torino 14 da empresa. A Transnacional adquiriu ônibus com cobrador para as linhas circulares 1500, 5100 e 3200. Já a Reunidas adquiriu ônibus sem cobrador para as linhas 102, 106 e 600. A Santa Maria adquiriu unidades sem cobrador para a linha 105-Cidade.

Já no segundo semestre de 2018, a Transnacional adquiriu suas duas primeiras unidades da atual configuração do Torino, até então chamada Torino S. De numerações 07133 e 07138, demoraram quase 100 dias para começarem a rodar. A unidade 07133 foi escalada na linha 2514-Mangabeira/Cristo-Epitácio e a unidade 07138, na linha 202-Geisel.

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O ano de 2018 do Grupo A.Cândido foi realmente intenso e inesquecível, pela grande quantidade de mudanças experimentadas. Será que 2019 será assim? É o que veremos com mais histórias e matérias que contaremos no Ônibus Paraibanos.