Ônibus e meio ambiente

De Revista AutoBus Imagem Metra Durante o 21° Congresso da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), realizado há poucos dias em São Paulo, os temas transporte público e mobilidade urbana ...
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De Revista AutoBus
Imagem Metra

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Durante o 21° Congresso da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), realizado há poucos dias em São Paulo, os temas transporte público e mobilidade urbana tiveram relevância nos painéis em meio à grandes discussões que buscam formas viáveis para o desenvolvimento das cidades.

Nesse contexto, o assunto ônibus teve destaque como uma solução bem conhecida que pode contribuir com a evolução dos meios de deslocamento das pessoas.

Mas, é preciso olhar o modal de uma outra maneira, buscando uma nova maneira de operação, longe da simplicidade peculiar em sua operação atualmente utilizada. Não é mais possível pensar em eficiência e desempenho do ônibus sem propor mudanças em sua matriz energética, tecnologia de tração e modelo de serviços, com prioridade em seu uso no cenário urbano.

Diferentemente do transporte individual, que recebe maior atenção das agendas dos administradores públicos, os ônibus, em muitos casos, são vistos como vilões que comprometem o ato de ir e vir e a qualidade de vida nas cidades. Porém, com bom senso, deveriam, há tempos, ser reconhecidos como representantes capacitados para a redução dos impactos negativos causados às cidades oriundos da falta de políticas públicas que favoreçam o transporte coletivo.

No evento da ANTP, especialistas mostraram a necessidade pelas transformações que o modal deve sofrer, como também alguns cases de sucesso operacional, como é o caso do sistema MOVE, de Belo Horizonte (MG) e do corredor metropolitano ABD, de São Paulo. A matriz energética do ônibus, com destaque para os combustíveis e trações alternativas, e ainda o modelo operacional, com fundamentação na prioridade em seu fluxo, foram ressaltados como potenciais ganhos em seu desempenho.

Dentre as muitas apresentações, a da engenheira Lígia Miranda enfatizou o projeto da micro floresta urbana em locais muitos poluídos, principalmente juntos aos corredores de transporte público. De acordo com a especialista, é possível mostrar às pessoas a nobreza de um pequeno ato que pode contribuir com o meio ambiente, promovendo valorização ao espaço urbano e descarbonização das áreas do entorno dos sistemas de transportes.