Situação do transporte público em Campina Grande é grave

Fonte: PB Agora Texto: Severino Lopes Fotos: Rodrigo Gomes Ao participar de uma audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande, para discutir a situação atual dos transportes coletivos na ...
Fonte:
PB Agora
Texto: Severino Lopes
Fotos: Rodrigo Gomes


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Ao participar de uma audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande,
para discutir a situação atual dos transportes coletivos na cidade, o vereador
Napoleão Maracajá (PCdoB) fez duras críticas as empresas que tem permissão para
explorar o sistema. Napoleão que foi autor do pedido de audiência, disse que a
situação do transporte público na cidade é grave. A população segundo ele, tem
reclamado constantemente dos serviços, prestados de forma a desejar.

– O transporte público é grave pelo preço, é grave pela sua distribuição
geográfica – disse Napoleão Maracajá. Ele também falou sobre a implantação dos
Consórcios entre as empresas de ônibus da cidade. Confessou que ouviu pouco
sobre o assunto, e que precisa entender a lógica e o que trará de melhoria para
a população. Muitos campinenses tem reclamado muito do Consórcio formado por
quatro empresas. Segundo a população, os ônibus tem atrasado muito e filas tem
se formado constantemente nas paradas de ônibus.


Napoleão Maracajá, ressaltou que o objetivo da audiência pública foi discutir
as dificuldades que a população enfrenta quanto ao transporte, no município de
Campina Grande. Ele criticou a forma como foi instituído o último reajuste da
passagem dizendo que mesma foi definida e homologada sem aviso prévio e em um
final de semana, pegando os cidadãos de surpresa.

Já os estudantes que usaram a tribuna, defenderam um transporte de qualidade e
com tarifas acessíveis e também o passe livre no serviço público de transporte
para todos os estudantes. O estudante Diego Gomes questionou na oportunidade a
participação dos estudantes do Conselho Municipal de Transporte, dizendo que um
representante é insuficiente para defender os interesses da categoria. Na mesma
linha o estudante representante da UNE, também defendeu transporte público de
qualidade, redução da tarifa e passe livre para estudantes.

Os principais problemas apontados pelos participantes da audiências pública
estão relacionadas as condições dos carros, considerados “velhos”; falta de
segurança em pontos e também nos ônibus, questão da mobilidade e acessibilidade
e o tempo de espera. Entre as reivindicações destacam-se ampliação das rotas em
bairros mais populosos, implantação de ciclovias, faixas exclusivas para
ônibus; ampliação da “passagem temporal”; implantação de abrigos nos pontos de
ônibus e carros novos para dá segurança aos passageiros.

O representante da classe trabalhadora, na audiência pública, José Antônio do
Nascimento, também criticou a forma como o Conselho Municipal de transporte
define o preço da tarifa e defendeu a democratização do mesmo, ampliando o
número de representantes, o que segundo ele tem deixado de fora algumas
entidades representativas da população. Já o representante do SITRANS, Anchieta
Bernardino, argumentou que o preço da passagem é um estudo técnico que visa
cobrir todos os investimentos feitos para o bom funcionamento do transporte
público e ressaltou que quando se reduz do cálculo final, a diferença quem paga
é o Poder Executivo.

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A representante da STTP, Arací Brasil ressaltou que o órgão tem mantido serviço
de monitoramento do horário dos ônibus e para isso também conta com as
denúncias da população que geralmente tem ligado para a Superintendência de Transporte
reclamando dos atrasos. Com relação ao valor tarifário ela argumentou que a
gratuidade nos transporte público encareceu o serviço, neste último reajuste em
R$0,31 (trinta e um centavos). Disse que qualquer gratuidade só encarece a
tarifa no transporte. Ela acrescentou ainda que todos os carros com idade acima
de 7 anos serão substituídos, conforme acordado com os empresários do ramo.