Sistema numérico de identificação dos ônibus urbanos facilita o dia-a-dia em João Pessoa

Fonte: Click PB Matéria/Texto: News Comunicação Fotos: Lucas Lima Mais de oito milhões de passageiros utilizaram o serviço dos ônibus urbanos no último mês de março, em João Pessoa, conforme ...

Fonte: Click PB
Matéria/Texto: News Comunicação
Fotos: Lucas Lima

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Mais
de oito milhões de passageiros utilizaram o serviço dos ônibus urbanos no
último mês de março, em João Pessoa, conforme informações da Superintendência
de Transportes e Trânsito – STTrans. Diariamente, este contingente corresponde
a, aproximadamente, 300 mil usuários que, em sua maioria, desconhecem o modo de
organização deste sistema que promove a acessibilidade da população aos mais
diferentes pontos da capital paraibana. A codificação das linhas de ônibus,
através do uso de números, por exemplo, é um detalhe que faz a maior diferença
no deslocamento diário dos passageiros. 

De
acordo com a Gerente da Divisão de Transportes Coletivos da STTrans, Ângela
Monteiro, a representação numérica das rotas pelas quais circulam os ônibus
urbanos é uma convenção adotada há mais de 20 anos, quando o sistema atual foi
planejado e está relacionada aos sete principais corredores da cidade. Estes
itinerários estão identificados pela seguinte numeração: 0 – “Roger”; 1 – “Cruz
das Armas-Vasco da Gama (Jaguaribe)”; 2 – “02 de Fevereiro-Cristo-Rangel-Vasco
da Gama (Jaguaribe)”; 3 – “Av. PedroII”; 4 – “Av. Beira Rio”; 5 – “Av. Epitácio
Pessoa”; 6 – “Av. Tancredo Neves-Praias”; 7 – “Acesso Oeste (Alto do Mateus)”. 

Assim,
é através da combinação destes algarismos que se obtém a identificação dos
trajetos, além da indicação das denominações nos letreiros frontais do ônibus.
“Conhecendo o sistema, fica fácil para o passageiro tomar a condução de um modo
adequado. O importante para ele é estar atento aos dois primeiros números do
código. Por exemplo: se ele souber que “1” equivale ao corredor de Cruz das
Armas e “5” à avenida Epitácio Pessoa, ele vai ter menos chances de errar ao
pegar a linha Circular “1500”, explicou Ângela Monteiro. 

As
linhas radiais estão representadas por três números e, geralmente, só passam
por um corredor. Por exemplo: na linha 510 “Tambaú via Tamandaré”, o uso do
algarismo “5” no início do código quer dizer que o veículo passa pelo corredor
“Epitácio Pessoa”, o mais movimentado da cidade com 32 linhas circulando
diariamente. Já as linhas circulares são identificadas por quatro números e
atendem a diversos corredores. O percurso mais longo é feito pelos ônibus
circulares 1500 e 5100, que percorrem 50Km, numa viagem que dura, em média, 110
minutos. 

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Atualmente,
o sistema de transportes coletivos pessoense conta com uma frota de 506 ônibus,
sendo que 415 ônibus ficam em operação. Os 91 veículos restantes ficam nas
garagens como reserva técnica, das seis empresas concessionárias:
Transnacional, Reunidas, São Jorge, Boa Viagem, Mandacaruense e Marcos da Silva.
A frota está distribuída em 81 linhas que trafegam pelos bairros da capital.
Destas, 50 são radiais, 18 são circulares e sete são destinadas à integração em
bairros onde a acessibilidade dos moradores aos ônibus comuns é mais difícil
por conta das condições de tráfego das vias. Um bom exemplo é caso dos veículos
que fazem a integração no bairro dos Bancários. Lá, a empresa Transnacional
atende às necessidades de locomoção da comunidade gratuitamente, facilitando o
acesso à avenida principal dos Bancários onde passam os ônibus radiais e a
outros pontos do bairro. 

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Existem
ainda as linhas opcionais que têm veículos com ar condicionado e poltronas mais
confortáveis, e as diametrais, cujo trajeto é feito por vias que passam por
fora da cidade como a “1001 – Bairro das Indústrias-Mandacarú”. Com a criação
do Terminal de Integração, a locomoção dos pessoenses foi facilitada, ainda
mais, já que 
60
linhas de localidades diversas trafegam todos os dias pelo local, beneficiando
quem tem que ir a pontos distantes com a utilização de mais de um ônibus, com o
pagamento de apenas uma passagem.
Bilhetagem
e Acessibilidade
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A
Gerente da Divisão de Transportes Coletivos da STTrans, Ângela Monteiro, estima
que com a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica o serviço prestado
pelos ônibus urbanos se tornará, ainda mais, eficiente. “Acredito que o sistema
poderá melhorar muito já que nós poderemos compreender melhor as necessidades
da população, pois atualmente para descobrir o processo de locomoção do usuário
precisamos fazer pesquisas nas ruas. Com a bilhetagem isso será agilizado já
que teremos condições de observar, automaticamente, para onde as pessoas estão
se deslocando. Alguns itinerários poderão ser modificados em atenção a estes
interesses, inclusive”, afirmou ela.

Outra
importante vantagem que a bilhetagem eletrônica trará ao sistema, segundo
Ângela Monteiro, será o controle do acesso às gratuidades aos que realmente têm
o direito assegurado por lei. No caso da meia-passagem dos estudantes, por
exemplo, do montante dos mais de oito milhões de passageiros que utilizaram o
ônibus em março de 2006, 43% utilizaram o passe estudantil, quase metade dos
usuários. De acordo com Ângela, este número pode não corresponder a realidade
como foi constatado no sistema de transportes coletivos de Recife, cujo total
de usuários antes da bilhetagem apresentava uma parcela média de 36% de
estudantes, o que caiu para 15% após a implantação do novo método.