Especial de domingo – Voltando ao passado: “Teste de Viagem: O Tribus. Mais Conforto e Segurança”

Fonte: Mobilidade Urbana/Jornal do Brasil Foto: Acervo Paraíba Bus Team Conforto e segurança são as duas principais características do Tribus, novo ônibus da Itapemirim dotado de três eixos. Espaçoso, ...

Fonte: Mobilidade Urbana/Jornal do Brasil
Foto: Acervo Paraíba Bus Team

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Conforto
e segurança são as duas principais características do Tribus, novo ônibus da
Itapemirim dotado de três eixos. Espaçoso, permite que o passageiro se instale
comodamente, podendo esticar as pernas e apoiar os braços com inteira
liberdade. As cadeiras são macias e reclináveis, possibilitando uma posição
confortável para o sono. O encosto de cabeça vem apoiado de um pequeno
travesseiro que pode ser retirado e colocado onde o passageiro desejar. O
corredor é amplo e permite a passagem sem incomodar às pessoas sentadas. Além
disso, o piso é de borracha, oferecendo maior segurança na locomoção dos
passageiros com o ônibus em movimento. 



O
banheiro, embora pequeno, é bem projetado, dando ao passageiro total segurança,
já que conta com três alças de apoio bem localizadas. Além disso, é bem isolado
acusticamente. Uma vez fechada a porta não se percebe nenhum ruído, mesmo se
estando nas cadeiras próximas. O Tribus comercial não possui ar condicionado,
sendo a ventilação feita através de comportas localizadas no teto, o que não
chega a incomodar, principalmente se a viagem for feita à noite. O ruído do
motor incomoda mais os passageiros de trás, devido a proximidade. Durante a
viagem ele é mais sentido na subida da serra das Araras, quando é mais exigido.

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As seis horas de viagem entre o Rio e São Paulo não chegam a cansar, mas a
expectativa de pouca trepidação não é confirmada na prática, já que o ônibus
reage da mesma forma que os comuns. Devido a sua altura, aproximadamente três
metros, o Tribus proporciona aos passageiros a sensação de estar vendo miniaturas,
ocasionando invariavelmente comentários e até risadas. O Tribus só está
operando entre o eixo Rio – São Paulo, com partidas de uma em uma hora. O
ônibus leito parte às 23h30min e à meia-noite. (J.M.).

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Obs.: não sei se era padrão em 1982, mas que matéria mal redigida essa. Ainda
mais para um jornal de porte. O cidadão escalado para a mesma, não sei se
conseguiria dizer quantos pneus tinha o veículo. Ônibus não tem cadeiras.
Ônibus tem assentos, ou então pode se dizer poltronas. Mas não cadeiras. Deixou
frases incompletas em vários momentos, como de onde se originava o ruído para
quem estava nas últimas poltronas. “Tribus comercial”, outra expressão infeliz
e sem nexo. Não existiu em tempo algum “Tribus comercial”. Expectativas quanto
a trepidação, que o mesmo se comportava igual a um veículo comum. O que será
para ele era um veículo comum? Totalmente reprovável, não informou, não
conseguiu sintetizar a grandeza do lançamento. Limitou-se a dizer que os outros
veículos pareciam miniaturas, que alguns davam risadas. Poucas vezes li uma
matéria tão mal feita. 

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O Nielson Diplomata 2.60 SUPER foi um modelo derivado do Diplomata 2.60. Mas,
ao contrário desse, que tinha 2,60 metros de altura, bem como 2,60 metros de
largura, o 2.60 SUPER teve sua altura aumentada para 3,50 metros, 90 cm a mais
de incremento. Por isso a palavra “SUPER”. O mesmo foi montado sobre chassi
Mercedes-Benz, modelo O-355/6, configuração 6 x 2 (trucado), com terceiro eixo
de apoio de rodado simples. Esse veículo, pela ordem, foi o terceiro Tribus na
frota da Itapemirim. O primeiro foi o O-326, lançado em 1970 como veículo
protótipo, somente uma unidade fabricada pela Mercedes-Benz. O segundo Tribus
teve carroçaria Ciferal, modelo Dinossauro. E, por motivo de falência da
Ciferal em 1980/1981, a Itapemirim procurou a Nielson para que a mesma passasse
a fabricar as carroçarias do Tribus para ela. Veículos encomendados em 1981,
chegaram a frota da Itapemirim em 1982 e rodaram na frota da empresa até o ano
de 1986, quando foram revendidos e substituídos pelos Tecnobus Tribus 2.
Comenta-se que o lote de Nielson “Diplomata 2.60 SUPER Tribus” comprados foram
200 unidades. 

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O chassi desse veículo, O-355/6, foi lançado pela Mercedes-Benz no ano de 1972.
O seu motor, de mesma nomenclatura, tinha 200 cv, cinco cilindros em linha, o
mesmo motor do caminhão Mercedes LS-1519. Mas há controvérsia. Alguns dizem que
o motor do Nielson Diplomata Tribus foi o OM-355LA, motor do caminhão Mercedes
LS-1924, de seis cilindros em linha e 240 cv de potência. Uma potência mais
compatível com uma carroçaria mais pesada, mas ainda com 56 cv a menos do que
os chassis pesados da Scania na mesma época. O O-355/6 saiu da fábrica da
Mercedes na versão toco (4 x 2), tendo o terceiro eixo adaptado na planta
industrial da Itapemirim, que seria a futura fábrica Tecnobus. Ali, com
adaptação feita, terceiro eixo e alongamento do chassi, foi rebatizado como
Itapemirim 12045 e Itapemirim SBVM, com prefixo 101 XX.