Busscar, 66 anos de ônibus!!!

Fonte: Inbus Transport e Feabus1 Edição e complementação: JC Barboza Joinville, 17 de setembro de 1946… A trajetória pioneira de Augusto e Eugênio Nielson não difere dos grandes e ilustres nomes ...
Fonte: Inbus Transport e Feabus1
Edição e complementação: JC Barboza

562510 414989641859581 1186944619 nJoinville, 17 de setembro de 1946…
A trajetória pioneira de Augusto e Eugênio Nielson não difere dos grandes e ilustres nomes que fizeram e fazem a história ligada ao transporte e o rodoviarismo nacional.
Como todo começo, apenas um longínquo tempo, alicerçado num imenso sonho que dia após dia, gerou como natureza própria à marca Nielson – sinônimo do ônibus transformado posteriormente na marca Busscar.

A Maneabilidade da marcenaria foi o começo de tudo

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Augusto Nielson
O empreendimento era simples (razão social de Nielson & Irmão), mas foi com as mãos na madeira que os irmãos Nielson iniciaram na metade da década de 40 na construção de móveis, utensílios e alguns reparos em veículos automotores (como carrocerias de caminhões e cabines). Surge então a confecção de uma tradicional jardineira (primórdios do ônibus moderno) acreditada por um pequeno empreendedor joinvillense que se instalava para explorar (ainda que rudimentar) o serviço de transporte local (entre lama, chuva, poeira e na bagagem a persistência): era a empresa de Abílio Bello & Cia. Ltda. (que percorria até a distância de Guaratuba, SC sempre partindo de Joinville).
A partir daí tudo mudou…
Os tempos de guerra foram decisivos para o país “se virar” com soluções caseiras, engenhocas e muito trabalho – aos irmãos Nielson não seria diferente como no restante brasileiro. Vem a onda do crescimento expectativo – apareceram os importados, fábricas “cravam estacas” do desenvolvimento industrial (já existia nesta época Ford, GM, Scania, Mercedes-Benz, entre outras) e os Nielson não ficam atrás, carrocerias e mais carrocerias (agora no comando do patriarca Bruno e seu filho Harold – era a Nielson & Cia. Ltda.). 
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Em 1958 aparece com o projeto de estruturação metálica e contempla a chegada da próxima década com 15 ônibus/ano. Dois anos mais tarde, aporta na região mais desenvolvida do Brasil: Mogi das Cruzes com a Eroles Turismo que conhece e recebe o “Diplomata”, carroceria que tinha dois níveis – lembravam em muito os Flexible americanos – a Nielson ganha o universo do ônibus.

O tempo de acelerar: o Brasil reconhece a soberania da marca

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Harold Nielson
Até aqueles tempos de indefinição política que assolou o país (1964) o mercado nacional pouco comprou ônibus para as empresas da época. Harold, filho do mestre Bruno, já acompanha fielmente os passos do empreendedorismo, e sem vacilar coloca a Nielson na “rota do progresso”. Ganhou-se a copa do mundo (1970) e a encarroçadora forneceu ônibus para o país todo (segundo a Fabus foram 136 unidades em 1971), a empresa vem consolidando marcas, e as carrocerias de Joinville tornam-se públicas pelas empresas de transporte coletivo do país. Das serras catarinenses para o “além Atlântico”  a encarroçadora não poupou esforços. 
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Ganhou “asas” para a exportação ocorrida em 1977 com pouco mais de 15% de unidades produzidas e livremente os mercados da América Latina, Oriente Médio e outras localidades foram conhecendo com muita simpatia, o verdadeiro “Diplomata”. No final dos anos 70, vem a versão articulada do rodoviário. Com a entrada da Volvo no setor de chassi de ônibus no país, a Nielson implanta parcerias como a com a Viação Garcia.

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Frotistas de todo o Brasil respeitam “esses catarinenses” como a Gontijo – maior frota da marca utilizada em uma única empresa e gradativamente novos e mais clientes vão incorporando em suas garagens “os grandalhões” da Nielson (como a Expresso Brasileiro de São Paulo).

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Com janelas inclinadas, laterais frisadas e “ondas como o mar”, nesta enfâse dada ao conhecido e popular modelo 7 quedas que eram em número de sete diferenças sobre o teto do carro, alusivo as setes quedas do iguaçi no Paraná. Com tamanha transformação nos modernos ônibus, tem na produção de fibra termosplástica as subsidiárias  Tecnofibras e Rovel. A Nielson põe em prática a fábrica 2 (Joinvillense como matriz).
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Anos 80, a Nielson fazendo a sua própria história…
“DEUS é fiel” (versículo bíblico inserido no livro de Samuel) as bençãos recaíram para Harold Nielson – de expressão forte, de sustentação e alicerce a cada palavra dirigida, a empresa que leva seu sobrenome te afinco na determinação deste dirigente que alavancou como seus próprios braços á energia que já foi a Busscar com 1172 ônibus prontos para circular pelas ruas e rodovias em 1981. 
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Para otimizar a produção em ganhos reais de tempo funda a HVR – um braço forte da empresa que tinha como meta a instalação de eixos. O início dos anos 80, o universo brasileiros dos ônibus foi alcançado por grandes picos industriais e quatro anos mais tarde, mostra para seus clientes e aos mais admiradores da encarroçadora o seu primeiro “high-deck” (Diplomata 380) – gigante como o seu próprio nome estrelado. 

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Urbanus I

Em 1987 a Nielson promove um audaciosa e arrojado desenvolvimento industrial: com visão do mercado mostra seu ônibus urbano, produto concebido estruturalmente com menos peso que a concorrência e acirra novos tempos brasileiros com seu projeto N.U.A. (Novo Urbanus de Alumínio), desde o final da década de 60 não produzia para o segmento urbano. Com pouco mais de dois anos de vida, o Urbanus já recebe o “passaporte de exportação” – estrelando para terras chilenas o convencional coletivo para transporte nas cidades.

Mas grandes surpresas estavam por vir…

Anos 90: Para dar a volta por cima, novos tempos, novos ônibus.
Harold Nielson e sua empresa preparam uma recepção para o mercado de ônibus: apresentação da nova família Busscar em 1990 (Busscar passa a ser o novo nome – “Buss” ônibus em sueco + car de carroceria) com a inédita série Elbuss 320 e 340  e Jumbuss 340, 360 e o top 380 – com forte design e linhas que realçaram ainda mais as estrelas do seu novo logo. 
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O Urbanus também recebe um ajuste de linhas – agora mais harmonioso. Nacionalmente o segmento ônibus abraça os produtos originários de Joinville – a linha Jumbuss espalha-se por todos os quadrantes… El Buss completa a lista. A tecnologia incorporada não é apenas no visual marcante, as carrocerias foram designadas por projetos específicos da mais alta engenharia desenvolvida com recursos sofisticados da era computadorizada.
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Jumbuss 400 Panorâmico
A evolução prossegue durante o ano de 1994: considerado a maior área envidraçada em relação aos similares, a empresa apresenta seu primeiro ônibus de vidro colado – o Jumbuss T. Em 1995 lança o Jumbuss 400 Panorâmico – tornando-se o ideal para viagens rodoviárias de dois ambientes com supremacia aliada ao máximo do conforto e segurança. Na rota turística e no serviço seletivo, o Panorâmico surpreende a qualquer usuário pelos fortes itens opcionais selecionados para atender os clientes deste importante segmento.
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Um ano mais tarde, acompanhando a tendência imposta pelo setor, surge o Mid bus e amplia uma fatia especial para os percursos entre trechos posicionados nas cidades e fretados: nasce o interbus. O Urbanus recebe agora a versão estilizada  e de custo diferenciado para os clientes: o moderno Pluss. 
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Acidente de avião que vitimou Harold Nielson
O domínio por novas investidas tecnológicas não impede os desafios da fábrica de ônibus. O cotidiano e a vida interrompem de forma questionada os desígnios daqueles punhos de aço: Harold Nielson faz escrever para toda história sua trajetória e experiência á frente dos negócios e como parte de uma página da humanidade interrompe bruscamente os planos determinados para o futuro, isso em 1998. Abalada, a encarroçadora subitamente é administrada pela segunda geração da família Nielson e severas estratégias são decisivas para o novo caminhar.
Os novos design’s – A Busscar faz diferença pelos roteiros do Brasil
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Elbuss 320
Acompanhando um processo de modernização nas linhas rodoviária e urbana , a proposta para 2002 é o resultado obtido com fortes traços e arrojado design: novos faróis dispostos na dianteira e traseira marcante com lanternas envolventes na linha Elbuss 320, 340 e Jumbuss 340, 360, 380 e 400. Para os ágeis micro-ônibus, a Busscar em parceria com a Mercedes-Benz trás o microbuss – menor modelo da família montado sobre o tradicional chassi Sprinter. O Mini micruss e o Micruss – oferta garantida para o transporte rápido das grandes cidades e deslocamentos de curtas distâncias urbanas e complementares. No fretamento e translado exclusivos, os menores ônibus da Busscar oferecem poltronas softs, versatilidades e aplicações positivas para transportes diferenciados. 
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Micruss – foto: Alex Azevedo
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Mini Micruss
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Micro Buss
Panorâmico DD
No ano seguinte como proposta para transporte de passageiros seletivos, apresenta o Vissta Buss HI e LO – uma gama de carrocerias que privilegiando rotas rodoviárias com serviços distintos como fretados e linha turismo alto luxo. O Panorâmico DD e o Jumbuss 400 são destacados para receber chassis da competente indústria nacional nas versões 6X2 e 8X2 – sofisticação máxima em matéria do principal condutor de passageiros coletivos. 
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Vissta Buss HI

Com um leque de opções, a Busscar integra seus produtos nas mais renomadas e importantes frotas de ônibus do país (exemplos como São Geraldo, Itapemirim, Gontijo, Jardinense, Nordeste e empresas sólidas do segmento). Balançada pelos constantes temporais econômicos e riscos dos negócios comerciais que o próprio país abocanhou (juros altos e períodos cíclicos do dólar), a Busscar é acometida por nervosos dias em sua produção industrial.

Celebrando seis décadas na fabricação exclusiva de ônibus

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Urbanuss Ecoss
A Busscar é o sinônimo maior de todas as dificuldades. Com total credibilidade e apostando fielmente na condução de novos empreendimentos, a fabricante de carrocerias vai superando todas as fases e gradativamente recupera seu alicerce. Em 2005 com um novo portifólio, lança um novo desenho da carroceria para o fretamento e transporte de curtas distâncias (Interbuss) e a reestilização da linha Elbuss 320 e 340 – também com destaques a suavidade do design com a qualidade incorporada aos demais modelos da própria fábrica. Com a retomada das transações comerciais e o impulso agressivo da estabilidade econômica que o Brasil vive, a encarroçadora planeja novos planos com ênfase maior a exportação e estruturação a rede de representantes em território nacional. Para contemplar esta importante passagem das seis décadas produtivas em ônibus a marca apresenta o novo Urbanuss Ecoss.
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Miduss
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Jumbuss 360

Crise 
busscarcarnaval1A crise na encarroçadora realmente deixou uma lacuna em aberto na produção de ônibus do Brasil, era ou é uma empresa de qualidade excepcional, os materiais utilizados são de boa procedência, design moderno e evoluido, tanto que um Vissta Buss Elegance 360 é tão atual quanto um Irizar PB ou um Paradiso G7, que foram lançados depois. Aliado a isso a Busscar possui um enorme Know-How na produção de carrocerias, experiência que foi adquirida atráves dos anos e nos grandes investimentos em tecnologia.

Quando a crise começou pensava-se que fosse apenas especulação ou que fosse algo bem de leve, infelizmente a crise piorou e a empresa parou quase que totalmente a sua produção, vários pais de famílias foram demitidos sem salários e ou garantias trabalhistas. A bola de neve foi aumentando cada vez mais e está tudo muito velado, a Busscar não informa nada nem para o sindicato nem para os funcionários, isso realmente preocupa a todos e deixa os frotistas sem expectativas.

Pelo o que parece toda essa crise começou lá atrás, com a morte do Sr.Nielson que era o gestor da empresa e foi assumida pelos filhos, então quase como via de regra nesses casos, a Busscar entrou em decadência após a entrada de uma empresa de consultoria na administração da encarroçadora. É complicado chegar a uma conclusão certeira sobre o que realmente aconteceu com a empresa, se foi negligência dos herdeiros, se foi as sucessivas crises mundiais ou até mesmo uma situação adversa que acabou causando tudo isso.
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Quem mais foi prejudicado nessa situação foram os operários, o chão de fábrica; porque o alto escalão da empresa foram para outras encarroçadoras que precisavam da qualidade da Busscar para inovar e conquistar novos mercados, enquanto isso pensamos nos pais de família que estão a mais de 14 meses sem salários e sem nenhuma posição oficial da empresa sobre o fato.

Em breve teremos mais notícias sobre a encarroçadora já que o julgamento foi marcado para o dia 06/07, a Busscar afirma que já tem um novo parceiro para entrar numa nova fase e alguns carros já começaram a sair da linha de produção, mas como sempre nada foi revelado a opnoão pública. Esperamos que voltemos a falar da Busscar aqui e que seja pela sua volta por cima e apresentação de novos modelos, esperamos sinceramente que a empresa se recupere e volte com a sua qualidade, ela vai ter que suar, mas ficamos na expectativa de ver ela de novo batendo de frente com a Marcopolo.