Passagens da Itapemirim são até 65% mais baratas do que concorrentes

Nova companhia aérea apresentou preço médio menor em 4 das 5 rotas analisadas por buscador de voos.
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Por Exame Invest
Imagens Gisele Orquídea

O Viajala fez um estudo comparativo entre os preços de passagens aéreas praticados pela ITA, lançada na sexta-feira, 21, em algumas rotas lançadas pela empresa e os preços praticados pelas outras companhias nacionais – Azul, Gol e Latam – nas mesmas datas.

O resultado foram preços médios de 29% a 65% mais baixos do que concorrentes em trechos como o de Belo Horizonte a Porto Seguro, nos quais a companhia vende bilhetes por cerca de R$ 452.

No trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro, o preço médio cobrado pela companhia é de R$ 212. O valor fica de 20% a 30% mais baixo que a média de preço das companhias GOL e LATAM.

O levantamento levou em conta a opção mais barata apresentada por cada companhia e a média dos preços praticados durante todo o mês de julho, considerado de alta temporada.

O estudo foi realizado por trecho (ou seja, em voos só de ida) no dia 24 de maio e desconsiderou os preços praticados por agências de viagem, focando apenas nas companhias aéreas.

As rotas analisadas foram Belo Horizonte – Porto Seguro; Porto Alegre – Guarulhos (SP); Guarulhos (SP) – Galeão (RJ); Brasília – Guarulhos (SP) e Guarulhos (SP) – Curitiba.

Veja abaixo os resultados do levantamento feito pelo Viajala:

Belo Horizonte (MG) – Porto Seguro (BA)

Preço mais baixo encontrado: GOL, R$360, 20% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$ 452, de 29% a 65% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas

Porto Alegre (RS) – Guarulhos (SP)

Preço mais baixo encontrado: GOL, R$165, 24% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA
Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$217, de 27% a 35% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas

Guarulhos (SP) – Galeão (RJ)
Preço mais baixo encontrado: ITA, R$212, de 9% a 14% mais baixo que o menor valor praticado pelas companhias GOL e LATAM (a Azul não opera essa rota).

Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$212, de 20% a 30% mais baixa que a média de preço das companhias GOL e LATAM

Brasília (DF) – Guarulhos (SP)

Preço mais baixo encontrado: LATAM, R$164, 37% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA

Média de preço mais baixa encontrada: LATAM, R$178, 32% mais baixa que a média de preço encontrada na companhia aérea ITA para a rota

Guarulhos (SP) – Curitiba (PR)

Preço mais baixo encontrado: GOL e LATAM, R$127, 21% mais baixo que o menor valor praticado pela ITA

Média de preço mais baixa encontrada: ITA, R$162, de 26% a 42% mais baixa que a média de preço das outras companhias aéreas

A ITA está praticando, por enquanto, o mesmo preço em todos os dias do mês de julho nas rotas que analisamos”, explicou Chevallier. “Sendo assim, é mais difícil que ela apresente o preço absoluto mais baixo, já que ele não flutua, mas a estabilidade garante uma média menor de preços.

IMG ITAPEMIRIM 2 A320 GISELE

A empresa adiou seu voo inaugural de março para junho deste ano. Em fevereiro, a ITA recebeu seu primeiro avião, um A320 que pertencia à espanhola Vueling, e anunciou 9 destinos: São Paulo, Belo Horizonte e Brasília serão os hubs (bases de operação), e a empresa também voará para outros destinos nacionais, como Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Vitória e Rio de Janeiro.

Empresas buscam cobrir espaço deixado pela Avianca

Outra companhia aérea nacional, a low cost Nella Airlines, focada no mercado regional e com forte presença no Nordeste, também deve voar ainda este ano. A proposta da empresa é reduzir em até 40% os preços das passagens compradas de última hora.

Desde a quebra da Avianca, no primeiro semestre de 2019, a competitividade em várias rotas caiu consideravelmente, aumentando os preços médios das passagens.

Na ocasião, o Viajala fez um levantamento sobre o aumento do preço das passagens aéreas, analisando uma amostragem de 100 mil buscas em 100 rotas nacionais. A conclusão foi de que 85% das rotas apresentaram aumento de preço médio assim que a quebra da Avianca foi anunciada. As passagens nas rotas analisadas ficaram de 11% a 218% mais caras. Em 22% dos casos, o aumento foi de mais de 100% no valor praticado.

Enquanto outros países têm mais companhias aéreas nacionais — a Colômbia, por exemplo, têm sete, inclusive low costs — o Brasil tinha, até o momento, apenas três em operação.