Empresários alegam dificuldades financeiras e não vão repor ônibus queimados em BH

Setra-BH pede ajuda da população para ajudar a encontrar suspeitos dos incêndios que destruíram três ônibus na capital em menos de uma semana
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Por Rádio Itatiaia
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Rodrigo Gomes

Após a onda de ataques aos coletivos de Belo Horizonte, que vem acontecendo nos últimos dias, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) decidiu pedir ajuda da população para que os criminosos sejam presos.

Como à Itatiaia vem acompanhando, neste fim de semana, após mais um ônibus ser incendiado, foi necessário interromper a circulação dos coletivos, visando dar segurança aos passageiros e funcionários.

Em 2020, de Janeiro até o momento foram, incendiados 7 coletivos em Belo Horizonte. O presidente do Setra-BH, Joel Paschoalin, explica o problema. “ Esse ano, já foram queimados 7 ônibus. Esse é um transtorno para todo mundo. A população perde o veículo do bairro e saí no prejuízo. O empresário também sofre por não ter seguro. Além desses dois setores, temos os funcionários, que ficam com medo de ir trabalhar. Por fim, tem a gente que fica preocupado com o funcionário e com o passageiro”, afirma. 

O presidente do Setra-BH lembra que a retirada de um veículo da linha ocorre quando há risco de um novo ataque. “Muitas vezes, a gente toma algumas atitudes mais drásticas, como o recolhimento dos veículos. Isso acontece quando a gente identifica que tem um risco eminente de um novo foco de incêndio. O próprio funcionário fica com medo de trabalhar. Além disso, estamos preservando o passageiro também”, explicou. 

Joel Paschoalin explica que a medida de recolher os ônibus na Estação São Gabriel foi tomada em conjunto com a Polícia Militar. “A situação no terminal estava sendo monitorada por nós e pela polícia. No meio da tarde de domingo, nós começamos a ficar preocupados e infelizmente tivemos que tomar essa decisão. Isso porque tinha uma chance iminente de ter um outro foco de incêndio”, explicou o presidente. 

O presidente do Setra-BH explicou que os ônibus depredados na última semana não tinham seguro. Um coletivo novo chega a custar R$ 420 mil. Caso seja danificado, a reposição na frota de Belo Horizonte demora entre cinco e seis meses. Contudo, Joel Paschoalin lembra que esses três veículos destruídos não vão ser substituídos. 

“Esses ônibus que estão sendo queimados não vão ser repostos porque as empresas de transporte estão em grande dificuldade financeira. São ônibus que a população perdeu porque não há nem previsão para serem repostos”, afirmou. 


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