Marcopolo e Comil perdem clientes para Covid-19 no Peru

Foram mais de 100 ônibus vendidos por ambas as encarroçadoras a empresas que encerraram atividades.
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Por Além do Fato
Imagem Divulgação

Em 45 dias, importantes montadoras de ônibus brasileiras, como a Marcopolo, perderam dois clientes no transporte rodoviário de passageiros no Peru. No dia 20 de julho, a Soyuz, um dos maiores grupos no segmento interprovincial peruano, estabeleceu o fim de suas operações. Na quinta (03-09), reunidos em Assembleia Geral, os acionistas da Transportes Cromotex, de Arequipa, também aprovaram o encerramento das atividades e liquidação da companhia.

Nos dois casos, o principal motivo foi o mesmo: consequências das restrições que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impuseram à economia global. A Soyuz foi fundada em 1981. A Cromotex, em 1985.

Em 2017, o Grupo Soyuz (Soyuz e Perú Bus) comprou 50 unidades da Neobus (empresa do Grupo Marcopolo). Em setembro do ano seguinte, a Comil vendeu 80 unidades para mesma companhia. No passado, a Cromotex recebeu dez veículos da Marcopolo.

O governo do Peru adotou medidas restritivas de contenção da Covid-19 foram aplicadas a partir de 16 de maço. A Cromotex, portanto, informou que suas atividade foram gravemente afetadas com as proibições do transporte intermunicipal no país por seis meses.

Liquidará com recursos próprios

Os acionistas Cromotex votaram, então, que a dissolução e, depois, a liquidação serão de forma organizada. Além disso, estabeleceram que os créditos trabalhistas serão prioritários. E, por fim, que todo o processo será executado com recursos próprios.

Devolução do crédito

Cromotex tinha realizado operação de crédito de 6 milhões 155 mil 869 soles (1 sol = US$ 1), no programa “Reactiva Peru”. O programa foi criado para ajudar empresas no enfrentamento da crise da Covid-190. Mas, com a decisão dos acionistas, a empresa fará o reembolso integral do valor sacado do governo.

Vitória dos Piratas

Na época da decisão, Soyuz exibiu informação preocupante: as autoridades do Governo do Peru reconheciam “a incapacidade de combater o transporte clandestino”.