Os Volkswagen de motor traseiro do intermunicipal da Paraíba

Empresas rodoviárias do estado apostaram nos chassis de motor traseiro da Volkswagen.
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Por Ônibus Paraibanos e informações de Lexicar
Imagens JC Barboza / Rodrigo Gomes / Paulo Rafael Viana / Thiago Martins de Souza / Kristofer Oliveira / Henrique Gomes / Antônio Eustáquio

Em maio de 2001, a Volkswagen lançava o seu primeiro modelo com motor traseiro, 17.240 OT, para operações urbanas, de turismo e rodoviárias de curta distância. Bastante mais adequado para o transporte de pessoas do que o OD, possuía motor MWM de 240 cv, caixa de seis marchas com acionamento por cabos, embreagem assistida a ar, suspensão pneumática com controle eletrônico de altura (quatro bolsas de ar atrás e duas na frente, molas parabólicas auxiliares na dianteira) e freios pneumáticos.

Opcionalmente, podia receber transmissão automática com retardador de frenagem, rodas de alumínio forjadas e sistema pneumático de rebaixamento da dianteira para facilitar o embarque nos pontos de parada. O posto de direção podia ser movido em altura e para as laterais, em função da necessidade do encarroçador. Oferecido com entre-eixos de 6,0 m, o chassi tinha menor altura do solo e balanço dianteiro suficiente para receber portas largas; também havia opção de balanço menor, para serviços de fretamento.

Em 2004, foi lançado o chassi 18.310 OT que tinha estrutura modular, composta por dois sub-chassis independentes, que podiam ser montados com qualquer afastamento, originando ônibus com grandes bagageiros e de diferentes comprimentos e distâncias entre eixos. Tinha motor Cummins de 302 cv montado na traseira, seis marchas, suspensão pneumática, freios pneumáticos e rodas de alumínio. A suspensão foi simplificada, recebendo apenas duas bolsas de ar e molas parabólicas nos dois eixos, esquema estendido ao urbano 17.240 OT.

No início de 2007 parte da linha de chassis de ônibus foi repotenciada, e vieram os novos modelos de chassis traseiros, o 18.230 EOT (MWM de 225 cv), e 18.320 EOT (Cummins ISC de 315 cv). O 17.260 EOT, por seu lado, passou a ser oferecido na configuração buggy, com longarinas bipartidas.

Na a 10a FetransRio foi lançado o chassi de piso baixo 15.230 OT LE (fornecido sob a forma de buggy), com 225 cv, câmbio semi-automático e suspensão pneumática, próprio para carrocerias de até 11,5 m

Na Transpúblico 2015, veio o chassi 18.280 OT LE, piso baixo com 277 cv, transmissão automática e suspensão pneumática com abaixamento nos pontos de parada; o veículo teria sido desenvolvido “em sinergia com um projeto europeu da MAN” . Já na edição de 2018 da feira Transpúblico, tivemos a pré-apresentação do chassi 18.330 OT 6×2primeiro rodoviário de três eixos da marca; desenvolvido em conjunto com a BMB, possui motor Cummins de 360 cv e câmbio automático com retarder

Apesar de toda essa tecnologia que os veículos de motorização traseira da Volkswagen possui, os modelos não fizeram tanto sucesso nas empresas que operam no sistema intermunicipal rodoviário da Paraíba. Quatro empresas ao longo do tempo tiveram unidades em sua frota e nenhuma delas ainda tem uma unidade sequer em operação de linhas regulares.

Vamos a todos ônibus com motorização traseira Volksawagen do intermunicipal paraibano.

Expresso Real Bus

Foi a empresa com a maior frota de veículos nessa configuração com dez veículos. O 0250 foi o úlitmo em operação na frota da empresa Campinense. Atualmente ele está na Real Tur, empresa de turismo da Real Bus, com o prefixo 211.

O 0225 assim como o 0235 vieram como repasses da WBF Turismo, empresa pertencente ao mesmo grupo administrativo da Real Bus. O 0225 também passou por outra empresa da Real, a Campinense. O 0235 teve o terceiro eixo adaptado e substituiu um Viaggio que também tinha chassi VW traseiro.

  • 0225 – Busscar Vissta Buss HI 18.320 EOT ano 2007
  • 0227 – Marcopolo Andare 17.240 OT ano 2002
  • 0228 – Marcopolo Andare 17.240 OT ano 2002
  • 0230 – Marcopolo Paradiso G6 1200 18.310 TITAN ano 2005
  • 0232 – Marcopolo Viaggio 1050 18.310 TITAN ano 2003
  • 0235 – Marcopolo Viaggio 1050 18.310 TITAN ano 2003
  • 0235 – Busscar Vissta Buss HI 18.320 EOT 6X2 ano 2007
  • 0236 – Marcopolo Viaggio 1050 18.310 TITAN ano 2003
  • 0244 – Marcopolo Paradiso G6 1200 18.310 TITAN ano 2005
  • 0250 – Marcopolo Paradiso G7 1200 18.320 EOT ano 2010

Bela Vista

As três unidades tiveram histórias bem curiosas na extinta empresa. O 0902 pegou fogo. O 0912 foi adquirido 0 km após dois anos sem adquirir veículos novos. O veículo foi roubado em Alagoa Grande, capotado propositalmente pouco mais de um ano depois de ter sido adquirido. A partir desse momento, a empresa nunca mais foi a mesma. O 0915 foi o último veículo a integrar a frota da Bela Vista, vindo da Rogetur, aonde tinha o prefixo 90. O veículo rodou por alguns meses apenas.

  • 0902 – Comil Campione 3.45 17.240 OT ano 2002 
  • 0912 – Mascarello Roma 370 18.320 EOT ano 2011 
  • 0915 – Comil Campione 3.45 17.240 OT ano 2003

Transnorte

Teve duas unidades que chegaram em 2018 após passarem pelas frotas das empresas Bomfim de Sergipe e da baiana Lis. Tiveram uma passagem relâmpago na frota da empresa e já foram subistituídos.

0408 scaled

  • 0408 – Campione Vision 3.65 18.320 EOT 2009
  • 0427 – Campione Vision 3.65 18.320 EOT 2009

Pontual

A empresa campinense possuiu apenas uma única unidade adquirida junto ao Campinense Clube, equipe de futebol da cidade de Campina Grande. Antes de ir para o clube, ele passou por outra empresa paraibana. Ele foi da Real Bus com o prefixo 0228.

Pontual 100

  • 100 – Marcopolo Andare 17.240 OT ano 2002

Na versão urbana, não houveram unidades no intermunicipal paraibano, nem no municipal de Campina Grande e de João Pessoa. Apenas em empresas de turismo como a Lógica e a Rogetur.