Usuários reclamam de sistema temporal integral em Campina Grande

Por PB Agora – Severino Lopes Imagem Divulgação A reclamação tem sido grande. Os usuários do transporte público de Campina Grande tem manifestado irritação e insatisfação com funcionamento do ...
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Por PB Agora – Severino Lopes
Imagem Divulgação

A reclamação tem sido grande. Os usuários do transporte público de Campina Grande tem manifestado irritação e insatisfação com funcionamento do sistema temporal integral na cidade. O sistema que possibilita fazer a troca de ônibus gratuita por toda a cidade, tem gerado muita confusão. Os passageiros ainda estão confusos com as mudanças que aconteceram desde o sábado (12) no Terminal de Integração da cidade.

A população também reclama da proposta de reajuste do valor da passagem. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sitrans) pretende aumentar o preço da passagem, que atualmente é de R$ 3,30, para o valor de R$ 3,80.

Os passageiros dizem de que agora, com o sistema, os ônibus passaram a demorar mais para chegar em outros pontos de parada na cidade. Os usuários reclamam ainda de como será com a volta dos estudantes das escolas e universidades de Campina Grande, que agora estão de férias, mas que ao retornarem, será ainda mais complicado. Muitos passageiros garantem que pagaram duas passagens em apenas uma viagem.

Segundo os relatos, após a implantação do sistema, os ônibus passaram a demorar mais, obrigando os usuários a pagar duas passagens, visto que o tempo estipulado para permitir a troca de ônibus sem o pagamento de nova passagem é de uma hora. Muitos acreditam que a demora é proposital.

“Aqui não tem metade do povo que tem quando os estudantes estão indo pra aula. Se sem eles, tá esse amontoado de gente pra entrar em qualquer ônibus, imagina quando tiver todo mundo de novo aqui, não tem como isso continuar funcionando, era melhor aumentar a tarifa mesmo”, disse uma usuária do transporte público de Campina Grande.

Para alguns usuários, o sistema é uma manobra do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), para futuramente desativar o Terminal de Integração, implantado pelo ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PSB).

“Isso foi só uma manobra de nosso prefeito Romero Rodrigues para acabar com a integração e beneficiar as empresas de transporte coletivo. E ainda fala que evitou aumento. Vamos ver quantos meses passa até o próximo aumento” indagou o estudante Rodolfo da Silva. .

O projeto foi proposto pelo prefeito Romero Rodrigues, durante uma reunião do Conselho Municipal de Transportes Públicos (Comupt), como uma alternativa ao aumento da tarifa de ônibus.

Uma das restrições do projeto é que o usuário terá uma hora para passar o cartão no segundo ônibus, contando desde o momento em que passar o cartão no primeiro ônibus. Caso o tempo seja esgotado, o sistema cobrará outra passagem do usuário. Além disso, os veículos não podem ser da mesma linha.

Aos passageiros, o Sindicato das Empresas de Passageiros de Campina Grande (Sitrans) diz que com a integração temporal o tempo de 1h para troca de ônibus também vale dentro do Terminal de Integração. Além disso, até o dia 30 de janeiro, os usuários que pagam a passagem no dinheiro ainda poderão trocar de ônibus gratuitamente, mas a partir de fevereiro só poderá integrar no terminal gratuitamente quem possuir o cartão temporal.

Já de acordo com o superintendente da STTP, Félix Araújo Neto, o terminal de integração continua funcionando normalmente como ponto fixo de integração na cidade. Segundo ele, o tempo de 1h para troca de ônibus gratuita não vale para dentro da integração. “Tudo isso será avaliado em uma reunião com o Conselho Municipal no dia 31 de de janeiro’, disse.

Segundo Felix Araújo Neto, a integração temporal veio para beneficiar a população campinense, e o serviço está funcionado em fase de teste desde o último sábado (12).

O novo sistema vem recebendo críticas em relação ao tempo estipulado de troca de ônibus, que é de 60 minutos para qualquer localidade, incluindo o distrito de Galante e bairros mais distantes como o Ligeiro.

Em entrevista à Rádio Correio FM, Félix Araújo destacou que é possível que o prazo seja aumentado em algumas linhas de ônibus, porém, segundo ele, um estudo técnico diz que o tempo médio de deslocamento de uma pessoa que more em localidades distantes em Campina se dá entre 40 a 45 minutos.

– Mesmo assim, isso é uma fase experimental, estamos analisando, estamos verificando, inclusive se é caso de aumentar o tempo dessa linha de Galante, São José da Mata – destacou.

Além disso, o superintendente informou que caso o passageiro perceba que o tempo não seja suficiente, ele pode ir até o terminal de integração físico, que não terá seu funcionamento alterado nessa fase de testes, e embarcar no segundo ônibus de forma gratuita.

– A ideia quando se implantou o cartão temporal é que se possa expandir, que possa dar à população outros locais em que possa integrar dentro de um prazo de 60 minutos – disse.

Dentro da integração, com o sistema, os passageiros, que antes entravam no segundo ônibus pelas portas de trás do veículo, agora, com um ticket entregue pela STTP, precisam entrar pela porta da frente e passar novamente pela catraca.

O mesmo controle acontece para quem desce do primeiro ônibus na integração. Os passageiros só podem sair por uma porta de trás do veículo e passar pela outra catraca. Segundo Félix Araújo, essa é uma forma de maior controle no terminal de integração.


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