Justiça sabe que cobrador nos ônibus aumenta a tarifa para o passageiro?!…

Por Ônibus Paraibanos – Fábio Gonçalves Imagem JC Barboza  Campina Grande foi impactada na 5ª feira passada com a notícia de que a 3ª Vara do Trabalho decidiu que o motorista do ônibus não pode ...
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Por Ônibus Paraibanos – Fábio Gonçalves
Imagem JC Barboza 

Campina Grande foi impactada na 5ª feira passada com a notícia de que a 3ª Vara do Trabalho decidiu que o motorista do ônibus não pode dirigir e cobrar a passagem. Na mesma notícia está a informação de que as empresas ou mesmo a STTP podem recorrer da decisão porque “haveria aumento no custo operacional com novos trabalhadores e isto implica em aumento no preço da tarifa”.

Uma decisão judicial assim, nos faz questionar: a Justiça está sabendo de que quem vai ser punido é o passageiro? Está sabendo que com a colocação de cobradores, este fato aumenta o custo operacional e a tarifa pode subir em mais uns R$ 0,50 (cinquenta centavos) só por este motivo? E dizemos “só por este motivo” porque todos sabemos que a tarifa atual já está defasada e em vias de revisão, e que, com esse novo custo com cobradores, aí, sim, é que “vai pipocar”.

Nem a Justiça nem a STTP nunca perguntaram aos passageiros, por pesquisa científica,, se preferem o ônibus sem cobrador mediante um preço “x” ou com cobrador, mas, com o preço acrescido em uns 50 centavos, hoje. É que em quase todas as cidades é assim: é o passageiro quem paga todo o custo.

Às vezes queremos nos dizer país moderno, mas reagimos com tanta insensatez às mudanças que indicam que preferimos o tempo das carroças. Até em Curitiba, dia desses, o prefeito declarou que não iria aceitar que a capital paranaense ficasse com nenhum ônibus com uma caixinha de dinheiro, chamariz para assaltantes. De nossa parte pessoal, já há uns 15 anos (2003), tivemos oportunidade de visitar a cidade argentina Paso de los Libres e o ônibus urbano de lá não tinha o cobrador. E perguntei o porquê: simplesmente responderam que ou se tinha a bilhetagem eletrônica ou continuava sem ela para se ter o cobrador; e que o mais racional e de menos custo para a passagem era não ter o cobrador; jamais as duas coisas. Porque isto encarece a tarifa.

Ressalte-se, porém, que aqui no Brasil já tem várias cidades tranquilamente tendo o transporte coletivo sem cobrador. Uma das primeiras foi a capital de Goiás – Goiânia. Que não seja Campina Grande, tão conhecida no Brasil como das mais avançadas cidades brasileiras no campo da tecnologia, que venha agora dizer que não quer bilhetagem eletrônica, não! E que quer cobrador!


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