Superintendente da Fetronor diz que é preciso encontrar alternativas de custeio do sistema de transportes urbanos

Por Cândido Nóbrega Imagem JC Barboza O superintendente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eiblyng Scardini Menegazzo, participou recentemente do curso ...
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Por Cândido Nóbrega
Imagem JC Barboza

O superintendente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Nordeste (Fetronor), Eiblyng Scardini Menegazzo, participou recentemente do curso “Como calcular tarifa de ônibus”, promovido pela ANTP, em João Pessoa. Segundo ele, o objetivo do evento foi discutir a cientificidade das tarifas de transporte público. Disse que é preciso tornar em ciência essa questão da tarifa. “Esse é o nosso principal objetivo”, observou.

Hoje, segundo ele, as tarifas são dadas de forma política, embora o custo seja diferente, com uma composição científica. “Como há uma composição científica no custo, o segredo é transformar a tarifa em algo que possa custear o sistema”, destacou Menegazzo, acrescentando que a Fetranor busca outras maneiras de custeio da tarifa, de forma que não sobrecarreguem o usuário, que acaba bancando todo o sistema.

Formas alternativas de custeio

Na ótica de Menegazzo, quanto menos pessoas, mais cara vai ficar a tarifa para manter todo o sistema. “Independente de quantas pessoas usam o sistema, há hora estipulada para sair, há itinerários a serem cumpridos e o poder público define tudo isso. Também existem as gratuidades no sistema e os benefícios de meia passagem para estudantes. Tudo isso vai para dentro da tarifa. Ou seja: É usuário subsidiando outros usuários. E nós defendemos que isso não ocorra. Por isso, buscamos outras formas alternativas de custeio do sistema de transporte público”, declarou ele.

Para Menegazzo, é preciso eliminar a velha frase que diz que tarifa de ônibus seria uma caixa preta. “A tarifa, infelizmente”, continua ele, “ainda está sob definição política”. O superintendente sugere que os entes políticos se conscientizem da necessidade da busca de fontes de custeio para as tarifas, de forma que os clientes não sejam sobrecarregados com o pagamento de todo o ônus do transporte.

E finalizou dizendo: “Falando como Federação, digo que o empresário é um mero pastorador de ônibus, que tem gestão do portão da garagem para dentro. Do portão para fora, quem decide é o poder público. O ente público decide quantos ônibus devem circular, as linhas (por onde eles devem passar) e os tipo de ônibus. Isso também entra no custeio da tarifa. Hoje, infelizmente, a tarifa é a única fonte de custeio do sistema”.


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