Allison mostra caixa automática para ônibus urbanos

Por Automotive Business – Mário Curcio Imagem Divulgação A fabricante de transmissões Allison apresentou dois ônibus urbanos homologados com sua caixa automática 3270. Os coletivos têm motor ...
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Por Automotive Business – Mário Curcio
Imagem Divulgação

A fabricante de transmissões Allison apresentou dois ônibus urbanos homologados com sua caixa automática 3270. Os coletivos têm motor dianteiro. Um deles utiliza chassi Mercedes-Benz OF 1721 L e o outro, Agrale MA 17. Ambos receberam carroceria fabricada pela Caio. Em agosto a Allison esteve na LatBus & Transpúblico, quando revelou os entendimentos com Agrale e Mercedes para fornecer essa transmissão. O diretor regional da Allison para a América do Sul, Evaldo Oliveira, acredita que as caixas automáticas elevem o preço dos chassis em cerca de 10%. “É um número aproximado porque isso depende da negociação da montadora com o cliente”, afirma o executivo.

“A melhor avaliação é o TCO (sigla em inglês para custo total de propriedade). E nesse caso o retorno do investimento ocorre em cerca de três anos”, garante Oliveira.

Além da Agrale e da Mercedes-Benz, a Allison já negocia também o fornecimento da transmissão 3270 para os chassis Volksbus e Iveco. Evaldo Oliveira recorda que as transmissões automáticas têm como vantagem a maior disponibilidade e menor custo de manutenção, já que não exigem a substituição de embreagem. Estudos de aplicação real revelam que somente esse fator teria gerado uma economia de mais de 80% num período de dez anos na comparação com a caixa manual. E quando associada ao retarder, a transmissão automática traz também redução de custo na manutenção dos freios. Outro exemplo real indica redução de 53% do gasto com substituição de lonas e pastilhas, também num período de dez anos.

As novas transmissões Allison 3270 recebem a tecnologia xFE (Extra Fuel Economy), desenvolvida para redução de consumo de combustível. De acordo com levantamentos realizados pela empresa, o consumo de diesel é pouco maior com a transmissão automática quando a operação ocorre em topografia mais acidentada, mas se equipara ou pode até ser mais favorável que o das caixas manuais em outras condições.

OPERAÇÃO NO BRASIL

A operação brasileira da Allison tem uma equipe de 30 profissionais, além de 20 pontos de atendimento distribuídos pelas principais capitais. A empresa traz as transmissões de sua fábrica americana de Indianápolis (EUA). Aqui são customizadas com suportes e módulos de controle para o mercado regional.

Em média são 3 mil unidades por ano, mas 60% desse total equipa ônibus vendidos na Argentina, onde boa parte da frota urbana utiliza caixa automática. Isso decorre de uma legislação em vigor desde 1993 na capital, Buenos Aires.

Os 40% restantes ficam no Brasil e são aplicados basicamente em caminhões de coleta de lixo e betoneiras. “Essa proporção (60%/40%) deve se inverter em favor do Brasil tanto pela crise no país vizinho como pela perspectiva de encomendas de ônibus com nossas transmissões”, estima o diretor regional da Allison. Vale lembrar que a maioria dos ônibus urbanos é equipada com motor dianteiro, para o qual a nova transmissão foi desenvolvida.

Em todo o mundo a Allison emprega 2,7 mil colaboradores e já produziu mais de 7 milhões de transmissões. A empresa só faz caixas automáticas, vendidas para mais de 100 montadoras. Entre os ônibus, equipa desde os micros até os biarticulados.

Na linha de caminhões, as caixas Allison são aplicadas no Brasil também em veículos de serviço como os bombeiros. E em 2018 a empresa começou a fornecer suas caixas para o Volkswagen Constellation canavieiro.


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