Ônibus mais seguro do Brasil começa a ser vendido

Por Transporte Mundial – Marcos Villela Imagens Mercedes-Benz Padrão nos veículos europeus, o piloto automático adaptativo (ACC), aos poucos, vem ganhando espaço no Brasil. Depois dos automóveis ...
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Por Transporte Mundial – Marcos Villela
Imagens Mercedes-Benz

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Radar consegue detectar veículos até 200 metros à frente.

Padrão nos veículos europeus, o piloto automático adaptativo (ACC), aos poucos, vem ganhando espaço no Brasil. Depois dos automóveis e caminhões topo de linha, a Mercedes-Benz é a primeira montadora a disponibilizar a tecnologia aos frotistas de ônibus rodoviários. A Viação Águia Branca, de Cariacica (ES), será a primeira operadora de transporte de passageiros a receber duas unidades do modelo com o pacote máximo de tecnologia de segurança disponível no País.

O que torna os chassis O 500 RS e RDS (em breve no 8×2 DD) em vantagem (pelo menos, por enquanto) é o piloto automático adaptativo, que começa a ser montado nesses modelos da Mercedes-Benz (quando solicitado pelo cliente) a partir de agosto. Diversas outras tecnologias avançadas de segurança, como controle de estabilidade, antitombamento etc., são oferecidas por Mercedes-Benz, Scania e Volvo, o que tem elevando bastante o padrão de segurança de parte da frota de ônibus rodoviários no Brasil.

Como funciona o ACC

O piloto automático adaptativo (ACC) conta com avançada tecnologia que, por meio de sensores, “enxerga” (mesmo sob neblina e à noite) até 200 metros à frente. Ele garante uma distância de segurança do veículo que vai adiante conforme estágio programado pelo motorista. São sete estágios marcados em segundos para definir a distância do veículo à frente. Por exemplo, o ônibus a 100 km/h. Em um piloto automático convencional, se o veículo a frente reduzir a velocidade ou entrar outro veículo entre eles, o motorista precisa pisar no freio para reduzir a velocidade e o piloto automático é desligado.

No ACC, se necessário, o próprio sistema aciona o freio sozinho para manter a mesma distância (em tempo) de segurança. A distância aumentando, o ACC acelera sozinho o ônibus até atingir a velocidade previamente programada. O motorista precisa cuidar apenas do volante. Assim, quando o motorista programa, por exemplo, o estágio de 4 segundos, o ônibus vai manter a distância de 144 metros. Se o veículo da frente reduzir para 60 km/h, o ônibus vai manter os 4 segundos de distância, porém, a distância será menor.

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Se o veículo à frente estiver em velocidade inferior, o ACC adequa a velocidade do ônibus para manter a distância (em tempo) programada pelo motorista.

Junto com o ACC, há o AEBS (sistema avançado de freio de emergência em português), tecnologia disponibilizada pela Mercedes-Benz no ano passado. Para frenagens normais, apenas para ajustar velocidade, o ACC usa o sistema convencional de freios do ônibus, como retarder. Mas, em caso de uma frenagem de emergência, o ACC aciona o AEBS que vai aplicar toda a força possível para parar o ônibus no menor espaço possível.

Preço

Por enquanto, o ACC estará disponível somente nos chassis rodoviários, pois ele só funciona em velocidade superior a 15 km/h. Para ônibus urbanos, o desenvolvimento ainda continua devido a complexidade de mobilidade dentro das cidades.

Segundo o diretor de vendas e marketing ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Walter Barbosa, o preço do pacote tecnológico (ACC, AEBS e leitor de faixa) varia de 3% a 8% do valor do chassi. O percentual varia em função do chassi escolhido, 8% para um O 500 RS 4×2 com motor de 354 cv e 3% para um O 500 RSD 6×2 com motor de 408 cv.

O ACC amplia a lista de equipamentos de seguranças dos chassis rodoviários da Mercedes-Benz, que conta com controle de estabilidade, antitombamento, tração, pressão dos pneus etc.ACC 1 1