Motoristas de ônibus de João Pessoa garantem melhor salário da Região Nordeste

Por Cândido Nóbrega Imagem JC Barboza Reunidos em Assembleia na noite de ontem na sede de seu Sindicato, motoristas e cobradores de transportes coletivos de João Pessoa, decidiram, à unanimidade, ...
Image

Por Cândido Nóbrega
Imagem JC Barboza

DSC00934 (2)

Reunidos em Assembleia na noite de ontem na sede de seu Sindicato, motoristas e cobradores de transportes coletivos de João Pessoa, decidiram, à unanimidade, antecipar a data base que ocorreria em julho para este mês e aceitar a aplicação do índice de 0,93%, relativo ao INPC acumulado do período compreendido entre julho passado e janeiro deste ano, sobre o ticket-alimentação.

A ata com os termos da nova convenção coletiva foi levada nesta quinta-feira ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com o aumento, retroativo a 1º de janeiro, os motoristas passam a receber R$ 2.670 e os cobradores R$ 1.413. Os motoristas dos ônibus articulados (sanfona) já haviam sido contemplados com um reajuste de 6%, equivalente ao aplicado na tarifa de transporte.

Ganho real

Em julho de 2017, diante de uma inflação acumulada de 2,17%, o Sindicato assegurou para a categoria um aumento salarial de 6%, o que importou num ganho real de 4%, além de um aumento de 18% no ticket-alimentação. “Quando juntamos o salário do ano passado com o desse ano, com o ticket alimentação totalizamos um reposição de 3,24%”, afirmou o presidente da entidade, Antônio de Pádua.

Pádua destacou que com esse reajuste, a categoria em João Pessoa passa a ter o melhor salário da Região Nordeste.

Sindicato em dificuldades

Ele destacou as dificuldades que o Sindicato vem enfrentando desde 2017, que deverão ser agravadas este ano, o primeiro sem a cobrança do imposto sindical. “Não acredito que em dezembro tenhamos dinheiro para pagar os salários dos funcionários”, previu.

Ainda assim, Pádua disse que o Sindicato vem mantendo o atendimento médico, além dos filiados, a mais de 1.500 trabalhadores demitidos diante da crise que assola o setor, 512 aposentados e familiares, bem como 300 afastados de suas funções por problemas de saúde, “encostados” junto ao INSS, sem a entidade receber destes um só centavo.

“Apenas em janeiro, registramos 7.942 atendimentos médicos, número que poucas prefeituras da Paraíba conseguem alcançar”, concluiu.