“Setor de transporte de passageiros não está brigando para ganhar dinheiro, mas manter negócio”, adverte Federação

De Cândido Nóbrega Imagens Gilberto da Costa Junior / Divulgação O superintendente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste, Eiblyng Scardini Menegazzo considerou 2017 um ano ...
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De Cândido Nóbrega
Imagens Gilberto da Costa Junior / Divulgação

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O superintendente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste, Eiblyng Scardini Menegazzo considerou 2017 um ano difícil, devido a retração econômica que atingiu o setor, sensível a essas mudanças, o que motivou a abertura de processo falimentar por algumas empresas da base da FETRONOR.

“Tivemos uma queda de demanda de aproximadamente 11%, o que implica em queda de receita e faturamento, diante da mesma quantidade ou manutenção dos custos. Isso torna um resultado que já era difícil ainda mais difícil. O que cresceu em 2017 foi o fator negativo para o setor, infelizmente”, constatou.

Ele afirmou que a Federação se mantém próxima às bases, em busca de um alinhamento setorial, para que haja o máximo possível de eficiência da operação e da gestão do negócio. E lamentou o fato de o setor de transporte hoje não ser autônomo nem conseguir definir a questão tarifária, o que feito pelos políticos.

Retração de demanda

“Como houve uma retração de demanda, infelizmente, não temos como conseguir que o comércio faça uma promoção ou um mês diferenciado para buscar recompor essa retração. Buscamos isso da porta da garagem para dentro, na melhoria de processos de gestão e na questão da operação, com registro, em algumas situações, de redução de frota, minimizando assim os efeitos da conjuntura econômica negativa”, acrescentou.

Segundo ele, quem mais sofre com essas situações é o usuário que precisa do transporte público, daí por que a Federação tem, diante da demanda retraída e de custo maior de operação, lutado muito para conseguir minimizar esses efeitos para ele.

Faixas exclusivas

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Nesse contexto de prioridade, Eiblyng citou as faixas exclusivas para ônibus, lembrando que João Pessoa avançou um pouco, Recife se encontra num processo mais avançado, em Maceió também está se discutindo isso e em Campina Grande já foi implantado o plano de mobilidade urbana, que gera benefício de tempo para o passageiro e diminuição do custo da operação.

“O empresariado aqui não está brigando para ganhar dinheiro, mas para manter o negócio. Se você tem o transporte funcionando com uma melhor produtividade, você movimenta a economia, pois as pessoas saem de casa e vão comprar, com auxílio da tecnologia para saber o horário de chegada do ônibus na parada. Mas se não houver um alinhamento técnico e político, por quem define as regras do jogo, infelizmente por melhores que sejam as ferramentas, não farão efeito”, advertiu.


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