Treinamento para operadores das empresas de ônibus de João Pessoa foca nas necessidades dos deficientes durante o uso do transporte público

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De News Comunicação
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O diretor da Unitrans, Alberto Pereira, falou sobre a importância deste treinamento na melhroai contínua da prestação de serviço das empresas

As dificuldades de locomoção, de acessibilidade, com foco na utilização do transporte público, foi tema de um encontro na manhã desta segunda-feira (11), entre operadores das empresas de ônibus de João Pessoa e uma equipe da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) e de outras instituições, a exemplo da Associação dos Deficientes e Familiares- ASDEF, que trabalham com pessoas deficientes e com dificuldades de locomoção. O evento, que teve abordagens e dinâmicas, foi realizado na garagem da Unitrans, em Água Fria, durante toda a manhã e teve como objetivo capacitar os operadores para melhor atender esse público específico.

Durante os debates, foi mostrado os diferenciais de atendimento que precisam existir para esse tipo de passageiro e debatido de que forma os operadores e até a própria população podem minimizar as dificuldades que existem para que os deficientes usem o transporte público com segurança e eficiência. “Ceder o acento, ajudar no embarque e desembarque, no caso do operador só dar partida no veículo quando a pessoa estiver devidamente acomodada, não frear e nem arrancar o veículo bruscamente, são ações que contribuem para uma viagem mais tranquila e segura, principalmente para quem tem alguma deficiência”, afirma a Assistente Social da Funad, Conceição de Maria.

E foi Conceição que conduziu as dinâmicas onde os operadores se colocavam no lugar do passageiro deficiente, ora em cadeiras de roda, ou com muletas ou mesmo simulando uma deficiência visual, a partir da colocação de tarja nos olhos, para que eles vivenciassem, a partir desta nova realidade, como é usar o transporte público. Subir as escadas sem enxergar, entrar no ônibus pela plataforma usando cadeira de roda ou muletas, se posicionar no ônibus com o veículo já em movimento, passar pelo validador, foram situações vivenciadas e que deixaram lições importantes. A presidente da Funad, Simone Jordão, e a diretora técnica da entidade, Mércia de Lourdes, acompanharam o treinamento, assim como o presidente da ASDEF, Francisco Izidoro, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Hellosman Silva.

O motorista José Vieira, da Unitrans, que simulou ser cego, disse que sentiu uma sensação muito estranha. “Só quem sabe é quem passa. Com essa experiência eu aprendi a dar até mais valor e ter mais respeito com as pessoas deficientes. Eu já tinha essa postura, mas vou melhorar ainda mais porque eu senti, na pele, como é difícil ter essa limitação e eu sei que eu posso ajudar ainda mais”, disse ele.

O diretor da Unitrans, Alberto Pereira, encerrou o treinamento dando destaque para a preocupação das empresas em melhorar, cada vez mais, o atendimento ao passageiro deficiente. “Nosso foco sempre foi melhorar nossa prestação de serviço, inclusive, o cadastramento biométrico para os deficientes foi pensado com esse propósito. O direito à gratuidade é assegurado por Lei e nós temos a obrigação de buscar atender nossos passageiros da melhor forma possível e temos feito a nossa parte”, destacou o empresário. Ele lembrou que apenas 15% da frota da capital ainda tem ônibus com duas portas, mas, que em 2018, com a renovação da frota, 100% dos ônibus que circularão em João Pessoa vão ser acessíveis.