Prefeitura de SP remaneja R$ 120 milhões para subsídios a empresas de ônibus

De G1 São Paulo Imagem Divulgação Prefeitura de São Paulo remanejou R$ 120 milhões para o pagamento de subsídios que cobrem descontos e gratuidades no serviço de ônibus. A decisão, publicada nesta ...
Image

De G1 São Paulo
Imagem Divulgação

corredor2

Prefeitura de São Paulo remanejou R$ 120 milhões para o pagamento de subsídios que cobrem descontos e gratuidades no serviço de ônibus. A decisão, publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial, é mais um remanejamento feito pela administração municipal para cobrir esse tipo de despesa.

O subsídio é uma espécie de indenização prevista nos contratos com as empresas de ônibus para compensar as viagens com descontos. Cerca de R$ 2 bilhões já foram pagos em 2017, mais que o R$ 1,7 bilhão orçado. O valor deverá chegar a R$ 3,3 bilhões. A receita total da prefeitura estimada para o ano é de cerca de R$ 50 bilhões.

Desta vez, a verba foi retirada de ações ligadas a investimentos da prefeitura, como obras e instalações e aquisição de imóveis. Também houve retirada de valores de serviços de consultoria, passagens e despesas com locomoção.

O secretário da Fazenda do município, Caio Megale, afirma que o remanejamento é inevitável diante do gasto crescente com o serviço desde 2013, quando a Prefeitura pagou cerca de R$ 900 milhões para cobrir apenas a meia-entrada para estudantes. Ele aponta as gratuidades concedidas na gestão Fernando Haddad (PT) como uma das causas do aumento dos custos.

A idade para idosos usarem o ônibus gratuitamente caiu de 65 para 60 anos, e os estudantes da rede pública, de baixa renda e beneficiários de programas como o Prouni passaram a ter passe livre.

Segundo o secretário, a manutenção da tarifa em R$ 3,80 também pressiona o caixa. O congelamento foi anunciado pelo prefeito João Doria (PSDB) um dia após sua eleição, em outubro de 2016.

Entre as medidas adotadas para fechar reduzir as despesas estão o combate às fraudes contra o Bilhete Único, em parceria com a polícia, e um pente-fino que será feito nas autodeclarações de renda, conforme o G1 adiantou.