Transporte coletivo e a infraestrutura nos bairros

De Mário Tourinho Imagens Gilberto da Costa Júnior / Divulgação Reportamo-nos à importante matéria publicada no Correio da Paraíba deste recente domingo, 2 de abril, assinada pela repórter Bruna ...

De Mário Tourinho
Imagens Gilberto da Costa Júnior / Divulgação

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Reportamo-nos à importante matéria publicada no Correio da Paraíba deste recente domingo, 2 de abril, assinada pela repórter Bruna Vieira. E não focaliza apenas a questão do transporte coletivo, não! Aliás, esta questão – a do transporte coletivo – foi bem mais centrada ao bairro do Valentina Figueiredo e suas áreas periféricas, inserindo uma entrevista com o superintendente da SEMOB-JP, Carlos Batinga.

A propósito, o próprio Batinga reconhece que nas regiões periféricas do bairro do Valentina, como Paratibe, Cuiá e Nova Valentina, seus acessos “não são bons”. E enfatiza: “Historicamente não foi pensado um sistema viário estruturante; tem que ser um sistema tronco-alimentador”.

Ainda a respeito dessa questão, Carlos Batinga (com sua experiência de ex-secretário de transporte também em Natal/RG e Salvador/BA), chama a atenção de que “Ou se investe no transporte coletivo e no não motorizado ou as soluções no campo da mobilidade urbana serão sempre temporárias”. E diz mais: “As frotas de automóveis estão crescendo cinco vezes mais que a população, ou seja, estamos caminhando para o caos porque, a continuar assim, esse problema vai piorar muito mais”.

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Vê-se que a questão do transporte coletivo é muito mais séria que como tem sido encarada ao longo de dezenas de anos, Brasil afora e Brasil adentro, em suas três esferas governamentais. Interessa-nos, entretanto, pensa-lo e refletirmos em nosso âmbito mais restrito, como aqui em João Pessoa. Mas, como já está claro, não se pode pretender resolvê-lo com um olhar “só pra seu próprio umbigo”. Daí, virmos insistindo no sentido de que os governos municipais, estaduais e o federal unam-se e que essa união tenha como ponto de partida o planejamento integrado.

Vamos aqui repetir o que já dissemos em oportunidades anteriores: nenhuma cidade, isoladamente, jamais nela construirá um paraíso se ao seu redor estiverem as demais cidades com seus infernos, isto porque estes infernos atingirão e prejudicarão o paraíso daquela primeira. Por isto, ou se planeja integradamente ou… vamos piorar nossa qualidade de vida!


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