Crescimento sob forte pressão

De Revista Auto Bus Imagem Volvo Bus Pode significar um crescimento irrisório, mas comemorado em um período de crise econômica vivida pelo Brasil. A Volvo Bus Latin America divulgou seus números de ...

De Revista Auto Bus
Imagem Volvo Bus

06 Fabiano Todeschini

Pode significar um crescimento irrisório, mas comemorado em um período de crise econômica vivida pelo Brasil. A Volvo Bus Latin America divulgou seus números de 2016, com uma participação de mercado nacional de 9,5%, ante 9,3% em 2015. Foram 644 chassis licenciados aqui no ano passado, segundo dados da Anfavea, entidade que congrega as montadoras nacionais de veículos. Nesse contexto, mais de 50% do mercado da Volvo foi ocupado pela versão com motorização dianteira, o B270F, veículo que é um misto de uso urbano, sua vocação, e de fretamento ou rodoviário de curta distância.

Na balança comercial, o que pesou mais no ano passado para a montadora foram as vendas externas, com participação de 61% em seus negócios de ônibus. Os países da América Latina, como Peru, Colômbia e Chile, se destacaram no cenário, principalmente o mercado peruano, em que a cada três chassis, um leva a marca Volvo. “Obtivemos equilíbrio graças às vendas externas, que ainda representam um grande potencial para este ano, em função do mercado brasileiro estar desaquecido. Alguns negócios já estão bem avançados, como na Cidade do Panamá e na capital de El Salvador”, comentou Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Bus Latin America.

República Dominicana e Honduras são outros dois países na América Central que estão em negociação com a fabricante. Para Todeschini, não apenas a venda de ônibus é parte da estratégia comercial da Volvo, mas sim poder oferecer soluções em mobilidade urbana, provendo projetos de melhorias do transporte, com a implantação de sistemas de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus).

Mesmo enfrentando um período nada otimista na cena brasileira, a Volvo Bus ressalta que 2016 trouxe também momentos importantes em sua linha de veículos, com o lançamento do chassi B310R para linhas rodoviárias regulares e de fretamento de curta e média distância, e o maior chassi urbano do mundo, o biarticulado com 30 metros, o verdadeiro rapa fila em terminais. “Evolução também é uma palavra que queremos imprimir no vocabulário do BRT, com o nosso projeto CIVI (City Vehicle Interconnect), proposta para aumentar o nível dos serviços de ônibus, com o reforço do conceito de metronização do ônibus, com a operação de veículos com tração híbrida, tecnologia de comunicação e conectividade, com um custo 15 vezes menor que a implantação dos sistemas de metrô”, ressaltou Todeschini.

O projeto CIVI segue uma linha de operação em que as parcerias público privadas podem ser a solução para a implantação de obras e sistemas voltados ao transporte público, com o intuito de modernização da mobilidade urbana, com o uso de recursos tecnológicos, inteligentes e com sustentabilidade econômica e ambiental.


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