De Portal Ônibus Paraibanos, com informações da TV Cabo Branco
Por Josivandro Avelar
Imagem JC Barboza
A Metro caminha para seu final. Em reunião no DER, ficou decidido que três empresas da Grande João Pessoa irão assumir as linhas da Metro até que toda a situação seja normalizada, ao que tudo indica, até que uma nova empresa as assuma em definitivo, o que na prática encerra a história da Metro/Wilson em Bayeux.
A crise – ou mais um capítulo dela – começou no último sábado, quando os funcionários da empresa paralisaram as atividades contra a troca de controle acionário da empresa, que voltaria a ser de seu antigo proprietário depois de divergências contratuais com os gestores da empresa de novembro até então, Zilma Barros e André Lima. Zilma administrava a empresa por uma procuração pública e estava analisando se compraria a empresa, pois havia um contrato de pré-venda. Foi ela quem comprou os cinco Viales de 2012 ex-Galo Branco que operaram na empresa durante praticamente um mês. E que agora já não fazem mais parte da empresa.
Com isso, a frota que sobrou era praticamente a que a Metro tinha, e a maioria dos ônibus não têm condições de circular. Além disso, os funcionários ainda reclamam da questão dos salários atrasados e recusaram a devolução da empresa a seu antigo proprietário, que alegou que os novos proprietários não cumpriram obrigações gerenciais e financeiras. Daí a greve.
Por conta disso, os três ônibus da Das Graças operaram durante o período e assim deve continuar. Geralmente a empresa dispõe de dois circulantes e um reserva, agora os três operam continuamente. A SIM também reforçou a frota da linha de Várzea Nova, que passa por Bayeux.
No sábado, o Procon de Bayeux multou a empresa em R$ 500 mil reais e determinou um reforço temporário. Além dos ônibus da Das Graças, a SIM também fez o reforço acima mencionado, além da própria Metro disponibilizar cinco ônibus para dar suporte.
A dívida da Metro gira em torno de R$ 6 milhões.
Um recomeço que termina mal
No final de 2013, uma portaria do DER determinou a renovação de frota das empresas metropolitanas sob pena de cassação da concessão. A determinação foi feita após um acidente envolvendo um ônibus da Rodoviária Santa Rita, que teve vítimas fatais e abriu discussão sobre a questão da idade e conservação dos ônibus que fazem as linhas metropolitanas de João Pessoa.
Com isso, as empresas tiveram que renovar a frota, e aproveitaram para renovar suas marcas. A Rodoviária Santa Rita virou SIM, reestruturou sua frota, com compra de seminovos e zero quilômetro e se saiu bem; hoje é uma das melhores empresas do transporte metropolitano da Paraíba.
Já a Wilson virou Metro e absorveu ainda a Almeida, que não conseguiu atender a determinação do DER e fechou em fevereiro de 2014. A Das Graças se manteve no sistema e trocou dois dos seus três ônibus; saíram Urbanus e Alpha, entraram dois Apache Vip de 2007 ex-Amparo. O GV ficou e herdou a cor azul com a qual os dois Vip vieram. Em melhor situação, a empresa se saiu bem e deve permanecer no sistema.
Com a troca do nome e um novo layout, a Metro trouxe vários seminovos de Pernambuco e do Rio de Janeiro e não conseguiu repetir o êxito da SIM. Pelo contrário, só deu roupa nova aos velhos problemas da Wilson. Ônibus quebrados, salários atrasados e reclamações continuaram a se repetir na empresa. A Metro ainda ensaiou uma renovação de frota, porém com ônibus que já circularam no sistema de Cabedelo, além de um ex-Fortaleza.
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A Metro enfrentou do ano passado até aqui várias greves de funcionários. Uma licitação chegou a ser aberta para definir uma substituta para a empresa em novembro do ano passado, mas deu deserta. A mudança de controle acionário da empresa traria esperança, e deu um lampejo quando trouxe os cinco Viales de 2012. Mas a confusão judicial entre nova e antiga gestão praticamente encerra de vez uma história que não poderia terminar de outra forma dada como ela começou.
O Portal Ônibus Paraibanos acompanha tudo, e amanhã traremos mais informações sobre como está a situação de momento no transporte de Bayeux, bem como imagens dos veículos que operam emergencialmente as linhas da cidade.