Volvo se prepara para a Euro 6 no Chile

De Revista AutoBus Imagem Divulgação Enquanto ainda está distante de ser adotada no Brasil, a norma Euro 6 para motores de combustão interna de veículos comerciais já está nos planos do Chile, que ...

De Revista AutoBus
Imagem Divulgação

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Enquanto ainda está distante de ser adotada no Brasil, a norma Euro 6 para motores de combustão interna de veículos comerciais já está nos planos do Chile, que objetiva sua introdução em 2019 na capital Santiago para a sua frota de ônibus urbanos movidos a diesel. Em vigência apenas na Europa, a normativa apresenta ganhos bem expressivos na redução de óxido de nitrogênio e material particulado, exigindo uma emissão máxima de 0,46 g/kWh e 0,01 g/kWh, respectivamente. A norma Euro 5, atualmente em uso em terras brasileiras, permite que os índices sejam de 2,00 g/kWh e 0,03 g/kWh.

posição geográfica da capital chilena faz com que medidas antipoluição sejam adotadas constantemente para a redução das emissões de gases tóxicos. Nesse contexto, renovar o parque automotivo em seu transporte público é uma iniciativa que torna o Chile o pioneiro na América Latina ao promover tecnologias limpas de mobilidade.

A Revista AutoBus conversou com algumas montadoras brasileiras de chassis para ônibus sobre seus planos para disponibilizar à aquele mercado novos propulsores ou outras formas de tração, como a híbrida ou a gás natural, para atender a futura legislação. A Volvo Bus Latin America já está promovendo seus testes em Santiago com um novo chassi, o B8R, equipado com o propulsor Euro 6. A montadora defende que mudanças de tecnologia devem ser implementadas de forma gradual e que deve considerar não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade econômica, para não onerar os operadores de transporte e o sistema como um todo. Na visão dela, se apenas um país ou cidade no continente estiver interessado em adotar a tecnologia Euro 6 pode ocasionar perda de competitividade, uma vez que a competitividade dos veículos está ligada a sua escala de produção. Adotar uma tecnologia de emissões diferente exige investimentos mais altos devido a perda de escala de produção.

A motorização Euro 6 da Volvo, que equipa o B8R contempla a combinação de três tecnologias, que são os sistemas SCR (Redução Catalítica Seletiva), EGR (Recirculação dos Gases de Escape) e DPF (Filtros de Particulados). Esse propulsor tem oito litros e duas versões de potência: 280 cv e 320 cv, para encarroçamento de 13,20 metros.

A experiência com a eletromobilidade faz com que a Volvo ainda explore o segmento de transporte limpo com veículos adequados aos serviços exigidos. Seus veículos com tração híbrida também já estão em testes em Santiago. De acordo com a fabricante, sua eficiência econômica e ambiental já está comprovada e consolidada, com mais de 2.700 ônibus híbridos circulando em todo o mundo. Segundo uma fonte do setor, a economia de combustível alcançada nos testes de Santiago apresenta índices entre 28% e 34%, dependendo da rota de operação.

A base para a futura licitação já foi publicada pelo governo chileno. A tecnologia híbrida, com propulsor Euro 5 também será aceita, como exceção.