De Folha do ES
Imagem Kristofer Oliveira
A venda da Viação Itapemirim já está levantando suspeitas no mercado econômico. A empresa que já foi a maior em transporte terrestre da América Latina, está afundada em dívidas e cumprindo plano de recuperação judicial.
O fundador da empresa Camilo Cola, vê seu legado se esvaindo nas mãos de seu filho Camilo Cola Filho, sem nada poder fazer por conta da idade avançada.
Segundo informações, a empresa foi adquirida por três novos sócios. Sidnei Piva de Jesus, Milton Rodrigues Júnior e Camila de Souza Valdívia.
Um dos sócios, Milton Rodrigues Júnior, também foi sócio da transportadora Dalçoquio, que vive a mesma situação financeira da Viação Itapemirim, recuperação judicial e cerca de R$ 450.000.000,00 (quatrocentos e cinquenta milhões) em dívidas.
O empresário Laércio Tomé – maior acionista da Transportadora Dalcóquio, de Itajaí, SC, foi indiciado pela Polícia Federal junto com o doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato que investiga, segundo a Folha de S. Paulo; crimes de organização criminosa; lavagem de dinheiro e corrupção. Há suspeitas de pagamentos de propina no valor de R$ 2 milhões por duas empresas do Grupo Tomé em contratos com a Petrobras.
À imprensa o Grupo Tomé enfatizou que recebeu com surpresa o indiciamento e que nunca esteve envolvida em cartel e que a empresa está à disposição da Justiça. A Transportadora Dalcóquio em julho de 2015, já esteve envolvida num embróglio judicial quando de uma negociação entre o empresário e dono na época desta empresa Milton Rodrigues Junior e a Tomé Transportes, do empresário Laércio Tomé, que passou a comandar a Transportadora Dalcóquio.