Obstáculo para o futuro

De Omnibus do Brasil Por Oswaldo Born Imagem Gazeta Online Recentemente, li uma matéria do jornal Gazeta On Line, do estado do Espírito Santo, intitulada “Ceturb começa a testar catraca gigante para ...

De Omnibus do Brasil
Por Oswaldo Born
Imagem Gazeta Online

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Recentemente, li uma matéria do jornal Gazeta On Line, do estado do Espírito Santo, intitulada “Ceturb começa a testar catraca gigante para evitar prática de pular roleta”. Olhei para a foto ilustrativa e confesso que tive que conferir a data da publicação. E era uma notícia atual, para minha surpresa! Os ônibus, que atendem a região da Grande Vitória (ES), passarão a ser equipados com uma roleta de quase 2 metros de altura.

A questão de evasão deve ser rotineiramente combatida. Não podemos ter passageiros que usam o transporte sem pagar, porque já são muitos aqueles que tem o direito de usar o veículo gratuitamente devido a benesses das mais variadas, distribuídas por órgãos municipais, estaduais e federais, sem reserva de subsídio que cubram tal cessão.

Mas, certamente, é um problema resolvendo o outro. O que me surpreendeu é que em pleno 2016 não tenhamos conseguido resolver uma questão como essa, buscando para isso métodos arcaicos de contenção como a tal “roleta gigante”. Por si só o tal mecanismo, antes de agigantar-se, já se configura como um problema, pois é de difícil transposição em relação, por exemplo, à catraca de 3 braços, mais simples e de mecanismo “amigável”. E sendo dupla a roleta gigante, configura uma dificuldade adicional, ainda mais com a posição que ocupa, podendo causar ferimentos no rosto dos passageiros. Sem contar que pode trazer problemas a mulheres que terão que ter “pouco peito” para enfrentar a tal gigante sob o risco de se ferirem.

E, temos um problema ainda mais grave, que se refere à segurança de deslocamento dentro do coletivo no caso de alguma emergência como, por exemplo, um incêndio.

A matéria ainda cita que “uma vez aprovada pelos usuários do sistema”, deve ser implementada no período de um ano e indica até um cronograma de colocação nos outros ônibus. Aí temos dois problemas, indicar que a implantação já é certa em algo que supostamente entrará em testes e dizer que o usuário pagante deverá aprová-la….. pode ter certeza que não o farão.

Senhores passageiros, bem vindos ao passado.