Óbvio: a crise também atinge o transporte coletivo (II)

Fonte: Mais PB Texto: Mário Tourinho Foto: JC Barboza Nesta semana, que hoje termina, o noticiário local enfatizou que a crise econômica não só também chegara aqui na Paraíba, mas sobretudo estava bem ...

Fonte: Mais PB
Texto: Mário Tourinho
Foto: JC Barboza

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Nesta semana, que hoje termina, o noticiário local enfatizou que a crise econômica não só também chegara aqui na Paraíba, mas sobretudo estava bem demonstrada através dos quase 300 estabelecimentos comerciais que já haviam “fechado suas portas”, recentemente.

Será que um fato – fato real – como esse noticiado e aqui referido não repercute também, negativamente – óbvio, no setor de transporte coletivo?!

Tomando-se, por exemplo, que cada estabelecimento comercial pudesse empregar 20 pessoas, tem-se aí quase 6 mil desempregados. Diante deste fato, os respectivos estabelecimentos comerciais (por óbvio – repetimos) deixam de adquirir os vales-transporte para o deslocamento diário de seus funcionários (agora “ex”). E mesmo considerando que cada funcionário tivesse apenas dois vales-transporte por dia, corresponde, por mês, a 52 benefícios desse tipo que deixam de ser adquiridos, tendo em vista os 26 dias de efetivo trabalho (que não mais ocorrem). E 52 vales-transporte por funcionário em um contexto de 6 mil trabalhadores (agora “ex” – repita-se mais uma vez), correspondem a um total, por mês, de mais de 300 mil tarifas que não mais são utilizadas, provocando uma queda de receita – conforme o valor da tarifa de cada cidade – em torno de um milhão de reais.

O pior de situações assim, significando queda de receita (ou queda no quantitativo de passageiros) no setor de transporte coletivo, é que raramente se aceita a adequação do número de viagens dos ônibus a esse novo quadro da demanda.

Uma loja, que antes tivesse 40 funcionários e, em função da queda em suas vendas, reduz o respectivo quadro funcional para 20 trabalhadores, esse procedimento é encarado como normal ou como ajuste à nova situação. Uma adequação.

Entretanto, no setor de transporte coletivo em que determinada linha tenha uma redução de passageiros que lhe exigisse, para adequar-se ao equilíbrio econômico-financeiro, a redução da respectiva frota e consequentemente a diminuição no número de viagens ah, como procedimento assim é incompreendido!


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