Óbvio: crise também atinge transporte coletivo (I)

Fonte: Mais PB Texto: Mário Tourinho Foto: JC Barboza Mesmo já tendo completado 23 anos de atividade profissional no setor de transporte coletivo urbano, impressiona-nos a idéia ainda prevalecente ...

Fonte: Mais PB
Texto: Mário Tourinho
Foto: JC Barboza

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Mesmo já tendo completado 23 anos de atividade profissional no setor de transporte coletivo urbano, impressiona-nos a idéia ainda prevalecente (perante os demais segmentos) de que neste campo – o do transporte coletivo – nunca há crise. Ocorra o que ocorrer, aumentem-se custos de todos os lados, os sistemas viários não se encontrem bem estruturados, os salários de seus operadores tenham de ser reajustados, o óleo diesel “exploda” em seus preços nada disso atingiria a capacidade operacional das empresas responsáveis pelos ônibus que são destinados a atender o ir e o vir da população, todo dia, em seus horários pré-fixados! Esta ainda é, sim, a idéia erroneamente prevalecente!

Já havíamos atuado profissionalmente em alguns outros segmentos, desde o serviço público (tanto no federal quanto no estadual e no municipal) até no da construção civil e da informática. Em todos constatamos que obviamente eles passam, ao longo do tempo, por “momentos bons” e  também “momentos ruins” – tempos de crise! E a cada vez que é manifestada tal situação, há um aceitar imediato quanto ao que está sendo expresso. Entretanto, em relação ao setor de transporte coletivo, quando da parte de seus condutores é expressa a preocupação de dificuldade econômica os outros acham que seja “conversa fiada”!

Por que? De onde vem essa idéia de que no transporte coletivo “tudo são flores” para as respectivas empresas?!

Agora mesmo, neste presente tempo em que o Brasil inteiro passa por sérias dificuldades econômicas, poucos são os que acreditam que tal situação possa igualmente afetar o setor de transporte coletivo!…

E como afeta!… Com que peso o setor de transporte coletivo, especialmente o urbano, tem sido atingido por essa crise nacional!…

Pra se ter idéia de que prevalece esse pensar de que o transporte coletivo esteja imune às dificuldades econômicas, lembremo-nos do início deste ano em que houve, Brasil fora, os reajustes nas tarifas dos ônibus. Tudo o mais já havia antes sofrido aumentos de preço, principalmente um item que muito onera o setor: o combustível! E praticamente ninguém reagira para protestar. Mas, desde quando lá no Rio de Janeiro e em São Paulo foram anunciados reajustes tarifários para R$ 3,80 ih, “joga pedra na Gení!”.


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