O
município de Goiana, na Zona da Mata Norte pernambucana, abriga hoje uma
montadora de automóveis do grupo Fiat Chrysler, com nove mil empregos gerados e
uma capacidade de produção total de 250 mil veículos/ano. O local foi escolhido
pensando na logística, mas de certa forma contempla também o pioneirismo da
cidade em relação ao meio de transporte em quatro rodas.
município de Goiana, na Zona da Mata Norte pernambucana, abriga hoje uma
montadora de automóveis do grupo Fiat Chrysler, com nove mil empregos gerados e
uma capacidade de produção total de 250 mil veículos/ano. O local foi escolhido
pensando na logística, mas de certa forma contempla também o pioneirismo da
cidade em relação ao meio de transporte em quatro rodas.
Goiana
foi um dos primeiros locais de Pernambuco a ter aderido ao automóvel. Mais do
que isso, foi lá que circulou um dos primeiros ônibus do Brasil. No dia 10 de
outubro de 1902, o Diario de Pernambuco reproduziu uma carta de um morador não
identificado que denunciava o uso incorreto de um carro com capacidade para 12
passageiros. Ele seria, a princípio, a primeira lotação da Companhia de
Transportes de Goiana, mas em vez de trazer passageiros para o Recife estava
servindo para passeios de particulares, consumindo combustível e estragando sua
manutenção.
O
denunciante criticava também o governo do estado por não propiciar uma reforma
na estrada que ligava o município ao Recife. Com o automóvel sem condições de
chegar até a capital, os moradores de Goiana tinham que percorrer seis léguas a
cavalo para pegar um trem em Timbaúba ou então seguir em diligências (como no
Velho Oeste norte-americano) para pernoitar em ranchos antes de partir às duas
da madrugada do dia seguinte para chegar às sete da manhã na capital.
denunciante criticava também o governo do estado por não propiciar uma reforma
na estrada que ligava o município ao Recife. Com o automóvel sem condições de
chegar até a capital, os moradores de Goiana tinham que percorrer seis léguas a
cavalo para pegar um trem em Timbaúba ou então seguir em diligências (como no
Velho Oeste norte-americano) para pernoitar em ranchos antes de partir às duas
da madrugada do dia seguinte para chegar às sete da manhã na capital.
O
veículo em litígio, que fazia a impressionante velocidade de 30 quilômetros por
hora, chegou a Goiana por volta de 1899. Era da marca Panhard-Levasseur,
importado de Paris. O ônibus desembarcou no Porto de Santos e, em seguida, foi
levado ao Porto do Recife, de onde foi transportado para compor a primeira
Companhia de Transportes da cidade, fundada em Goiana em 1901, por Manoel
Borba, Edward Johnson e Henrique Bernardes.
veículo em litígio, que fazia a impressionante velocidade de 30 quilômetros por
hora, chegou a Goiana por volta de 1899. Era da marca Panhard-Levasseur,
importado de Paris. O ônibus desembarcou no Porto de Santos e, em seguida, foi
levado ao Porto do Recife, de onde foi transportado para compor a primeira
Companhia de Transportes da cidade, fundada em Goiana em 1901, por Manoel
Borba, Edward Johnson e Henrique Bernardes.
O
historiador Severino Carneiro, no seu livro Goiana é uma festa, conta que o
Panhard-Levasseur “era um ônibus alto com capota de lona, poltronas
desconfortáveis, volante no sentido horizontal, em forma de um guidom”. Este
foi considerado na época o primeiro carro a circular no Brasil. Em 1918, um
Ford Bigode Preto, também se dirigia a Goiana. O veículo foi apelidado pelo
povo goianense de “tua mãe”. O carro pertencia a Demétrio, um empresário do
ramo funerário.
historiador Severino Carneiro, no seu livro Goiana é uma festa, conta que o
Panhard-Levasseur “era um ônibus alto com capota de lona, poltronas
desconfortáveis, volante no sentido horizontal, em forma de um guidom”. Este
foi considerado na época o primeiro carro a circular no Brasil. Em 1918, um
Ford Bigode Preto, também se dirigia a Goiana. O veículo foi apelidado pelo
povo goianense de “tua mãe”. O carro pertencia a Demétrio, um empresário do
ramo funerário.
P.S.
A imagem que ilustra esta postagem é de um Panhard et Levassor Wagonette, com
motor de 2 cilindros e 4 cavalos de potência, fabricado em 1896.
Encaixa-se na descrição, mas não comporta 12 passageiros. Se alguém tiver
a imagem do veículo que circulou em Goiana…
A imagem que ilustra esta postagem é de um Panhard et Levassor Wagonette, com
motor de 2 cilindros e 4 cavalos de potência, fabricado em 1896.
Encaixa-se na descrição, mas não comporta 12 passageiros. Se alguém tiver
a imagem do veículo que circulou em Goiana…