Crise econômica fecha cinco empresas de ônibus no Rio de Janeiro

Fonte: News Comunicação Fotos: JC Barboza A atual crise econômica do país tem atingido bem mais intensamente o setor de transporte coletivo urbano do que se pode supor. Tarifas defasadas, trânsito que ...
Fonte:
News Comunicação
Fotos: JC Barboza


DSC00832



A atual crise econômica do país tem atingido bem mais intensamente o setor de
transporte coletivo urbano do que se pode supor. Tarifas defasadas, trânsito
que compromete as viagens, poucos corredores exclusivos, aumento de insumos e
de folha de pessoal somado a perca crescente de passageiros são fatores que estão
levando muitas empresas a encerrarem suas atividades. Na última segunda-feira
(26), a Algarve, do Rio de Janeiro, uma empresa com mais de 100 ônibus e 500
funcionários, decidiu pelo fechamento apesar do recente reajuste no preço da
passagem que saiu de R$ 3,40 para R$ 3,80. Segundo comunicado da empresa, os
custos operacionais superiores à receita, não permitiu o equilíbrio
econômico-financeiro necessário para continuidade das atividades.

A
Algarve é a quinta empresa de ônibus do Rio de Janeiro que fecha as portas num
intervalo de um ano. Translitorânea, Rio Rotas, Andorinha e Top Rio também não
operam mais como empresa de transporte. “No imaginário popular, ainda resiste
uma ideia deturpada de que as empresas de transporte coletivo “nadam em dinheiro”,
sem a percepção de que na absoluta maioria das cidades brasileiras todo o custo
operacional (despesas com óleo diesel, pessoal, encargos sociais, impostos etc)
é bancado tão somente com as passagens pagas pelos passageiros. Com tarifas
defasadas, menos passageiros transportados, aumento de insumos e sem subsídios
governamentais, não há empresa que consiga manter o equilíbrio”, afirma o
diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de João
Pessoa (Sintur-JP), Mário Tourinho.

DSC02526

Ainda
segundo Mário, outro equivoco sobre as empresas de ônibus é pensar que as
gratuidades por lei garantidas a alguns segmentos sejam custeadas pelo governo
federal, governo estadual ou governo municipal. “São poucas as cidades
brasileiras que subsidiam e isentam os impostos em relação ao transporte
coletivo urbano.E como tem faltado uma priorização ao transporte coletivo com a
garantia de infraestrutura e incentivo seja por subsídio seja por isenções
tributárias, o setor chegou também a um ponto tão crítico que até em cidades
como o Rio de Janeiro, cuja passagem está em R$ 3,80, essas cinco empresas já
fecharem suas portas em menos de um ano”, destaca Mário.

DSC02607

No
meio de tamanha crise no setor, especula-se que mais aumento no preço do óleo
diesel estaria para acontecer a partir de 1º de fevereiro. Segundo Mário, a
única forma de dar sustentabilidade ao setor é o subsídio governamental, como
já vem sendo feito – por exemplo – na cidade de São Paulo em que a tarifa total
é de R$ 5,17 mas os passageiros pagam R$ 3,80 e o governo banca a diferença de
R$ 1,37. “A situação é crítica e não estamos exagerando”, finaliza o executivo
do Sintur-JP.

Receba os posts do site em seu e-mail!

Quando uma matéria for publicada, você fica sabendo na hora.