Marcopolo de Caxias já compete com a da China

Fonte: Estadão Foto: Divulgação Changzhou é uma cidade chinesa a 150 quilômetros de Xangai. Lá, a brasileira Marcopolo se instalou há mais de uma década para fabricar e vender ônibus. Nos últimos ...
Fonte:
Estadão
Foto: Divulgação


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Changzhou é uma cidade chinesa a 150 quilômetros de Xangai. Lá, a brasileira
Marcopolo se instalou há mais de uma década para fabricar e vender ônibus. Nos
últimos anos, a empresa gaúcha sentiu a mudança do momento econômico chinês,
especialmente com o câmbio valorizado, que derrubou a competitividade da
filial. Ao mesmo tempo, o real cada vez mais fraco volta a tornar mais
favoráveis as condições de exportação do Brasil. Resultado: ônibus produzidos
em Caxias do Sul já têm preço em dólar comparável aos da fábrica chinesa.

“Os
chineses chegaram à América Latina e se instalaram em mercados como Colômbia,
Peru e Uruguai. Com o preço 30% a 35% mais barato que os praticados pela nossa
fábrica no Brasil, as vendas ficaram estagnadas por alguns anos. Mas a situação
está mudando. A competitividade deles diminuiu e a nossa, no Brasil, voltou a
crescer”, resume o diretor de operações internacionais da Marcopolo, Ruben
Bisi.
 
A
fábrica da Marcopolo China monta ônibus para o gigantesco mercado local, mas
também para países como os vizinhos da Ásia e até da Austrália. Os planos de
exportação, porém, foram um pouco prejudicados pela evolução da taxa de câmbio.
Há cinco anos, no fim de agosto de 2010, eram necessários 6,79 yuans para
comprar um dólar. Nesta sexta-feira, mesmo após a surpreendente desvalorização
da semana passada, são necessários 6,38 yuans para a mesma cédula de US$ 1. Ou
seja, a moeda chinesa está mais forte e o dólar ficou 6% mais barato. Para quem
produz em yuan e vende em dólares, isso quer dizer que o produto está mais caro
no exterior.
 
“Aumentou
muito o custo para exportar da China”, diz o diretor.
 
Câmbio
 
O
problema do câmbio chinês salta aos olhos quando comparamos o yuan com outras
moedas. No mesmo dia 30 de agosto de 2010, era preciso ter R$ 1,67 para comprar
US$ 1. Hoje, são necessários praticamente R$ 3,50.
Ou
seja, o real perdeu praticamente metade do valor e, como consequência, a moeda
americana está 110% mais cara que há meia década. Mesmo com a inflação que
estoura a meta, essa mudança do câmbio voltou a dar fôlego para os planos
exportadores da multinacional gaúcha.

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