BRT de João Pessoa, 19 anos sem sair do papel

Fonte: Portal Ônibus ParaibanosPesquisa: Correio da Paraíba / Infraestrutura urbanaFotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team A Prefeitura de João Pessoa, na Paraíba, apresentou há um ano o plano para ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Pesquisa: Correio da Paraíba / Infraestrutura urbana
Fotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team

9955f dsc00329

A Prefeitura de João Pessoa, na Paraíba, apresentou há um ano o plano para implantação do Bus Rapid Transit (BRT) na cidade. Orçado em R$ 188 milhões e previsto pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto consiste em uma via expressa para ônibus que deverá ligar cinco corredores exclusivos: Cruz das Armas, dois de Fevereiro, Epitácio Pessoa, Pedro II e o Corredor Central da cidade.

O sistema vai interligar a região central da capital paraibana aos bairros Tambiá, Varadouro, Trincheiras, Oitizeiro, Cristo Redentor e Ernesto Geisel. Serão construídos, além das estações de transbordo, terminais rodoviários que ligarão as linhas de ônibus integrantes do BRT e linhas intermunicipais, bem como o sistema ferroviário da cidade.

O projeto prevê ainda a ligação do BRT com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) previsto pelo Programa de Mobilidade Urbana da cidade contemplada pelo PAC.

A implantação do BRT em João Pessoa, não é uma ideia de agora. Em 1996 houve outro projeto de implantação de corredores para ônibus articulados, que também na época era considerado a obra de maior impacto no transporte coletivo da capital paraibana. Na época a previsão inicial de obra era na gestão do próximo prefeito, já que era aguardada a saturação do sistema de ônibus de João Pessoa nessa época.

O trajeto previsto era entre o Mercado Central e Mangabeira com precisão de 80% no aumento da capacidade de passageiros. O corredor de ônibus articulados seguia a tendência de crescimento da cidade para a zona sul, onde estão alguns dos maiores bairros da cidade, como Mangabeira e Valentina de Figueiredo. O custo da obra, naquele momento, era de R$ 25 milhões que seriam captados de fontes federais ou internacionais. Sua vida útil seria de no máximo 15 anos e abriria caminho para os bondes elétricos.

Avenida Pedro II serviria de base

Nesse projeto, o BRT não implicaria em grandes mudanças no trânsito da cidade. Utilizaria a estrutura básica de escoamento da Avenida Pedro II, apenas com alargamentos de alguns trechos e pavimentação de muitas ruas do bairro dos Bancários, Água Fria e Mangabeira. As obras entre  Mercado Central e a estação final começariam com a construção de uma grande estação de passageiros.

Depois da ladeira da entrada da sede do IBAMA, a via exclusiva do BRT, se transformaria num pequeno túnel até o conjunto Castelo Branco III. Ao invés de seguir o trajeto atual dos coletivos que servem a zona sul da cidade, eles contornariam todo o campus da UFPB e atingiriam o conjunto dos Bancários para utilizar a Rua Waldemar Accioly, no interior do bairro. Chegando a Mangabeira, o trajeto do BRT incluiria a Josefa Taveira até a estação final.

O retorno dos ônibus para o centro aconteceria em toda a região de Mangabeira, Bancários e Castelo Branco pelas mesmas vias, mas a partir do bairro da Torre o projeto previa a utilização da Avenida Nossa Senhora de Fátima e da Avenida Camilo de Holanda até a Lagoa. Nesse trecho ainda existiria a possibilidade de utilização da Avenida Beira Rio.

Como vemos, faz 19 anos que tentam fazer melhorias na mobilidade urbana em João Pessoa e por vários motivos ou até mesmo falta de interesse, esses projetos não foram à frente. Imaginem a capital paraibana com o corredor BRT e os bondes elétricos… Que o projeto atual não tarde a ser implantado.