A nova tarifa dos ônibus

Fonte: Mais PB Texto: Mário Tourinho Fotos: JC Barboza Recentemente publicado em jornais locais e como resultado de declarações do presidente da Ong ETEV, Luiz Carlos André, “tudo tem aumentado de ...
Fonte:
Mais PB

Texto: Mário Tourinho
Fotos: JC Barboza


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Recentemente publicado em jornais locais e como resultado de declarações do
presidente da Ong ETEV, Luiz Carlos André, “tudo tem aumentado de preço e até o
pãozinho já aumentou 10% este ano, mas quase ninguém reclama e só se reclama
quando é reajustada a tarifa do transporte coletivo, como que este setor fosse
imune ao que acontece na economia, especialmente nesta hora de crise”.

Realmente,
até os movimentos sócio-estudantis parecem pouco se interessar quando, por
exemplo, o governo autoriza os aumentos nos combustíveis, na energia elétrica
etc. Só encontram motivação quando ocorre reajuste na tarifa dos ônibus – daí
muitos entenderem que essa motivação, equivocada, é meramente de natureza
político-ideológicas e porque, em função da visibilidade do setor, também lhes
propiciam muita visibilidade ou o “aparecer politicamente”.
Os
reajustes nas tarifas dos ônibus ocorrem ao reboque dos aumentos de custos nos
outros setores, como do óleo diesel, que representa um dos maiores pesos na planilha
de custos do transporte coletivo urbano (aqui em João Pessoa são cerca de 1,6
milhão de litros consumidos por mês para fazer circular 470 ônibus que realizam
próximo de 4,5 mil viagens/dia).
E,
por óbvio, o reajuste tarifário também vem em decorrência dos salários pagos
aos trabalhadores do setor, que, se não tiverem suas atualizações remunerativas
acordados por Convenção Coletiva do Trabalho, surge a decisão judicial que
sempre toma por base (base inicial) a inflação do período considerado.
Ainda
se tem a considerar que os serviços do transporte coletivo são bancados, na
absoluta maioria das cidades brasileiras, tão só pelas receitas advindas das
respectivas tarifas, porquanto as prefeituras não têm capacidade de
subsidiá-las, como fazem alguns municípios como os de São Paulo e Curitiba. Por
isto, até cidades interioranas como Juazeiro e Feira de Santana já praticam,
desde começo do ano, tarifas de R$ 2,70, valor este que só agora passa a ser
praticado na capital paraibana.
Há,
pois, aqui em João Pessoa, mesmo sem subsídio governamental, a modicidade
tarifária, vez que capitais similares como Aracaju já tem tarifa nesse valor
desde dezembro de 2014, enquanto que em Maceió também desde o início do ano o
preço é de R$ 2,75.

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Nesse
novo valor tarifário de R$ 2,70 há muitos passageiros que antes pagavam duas
passagens para seus deslocamentos e atualmente só pagam uma, pelo
benefício da integração. Estudante paga meia (R$ 1,35). Há ainda os que nada
pagam (os de Passe Livre, mesmo sem subsídio!).