Ônibus com telefone público? Na Paraíba tinha

Fonte: Portal Ônibus ParaibanosFotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team Uma nova tecnologia chegava aos ônibus na Paraíba há pouco mais de 20 anos. Em abril de 1994 começava a operar na linha ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Fotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team

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Uma nova tecnologia chegava aos ônibus na Paraíba há pouco mais de 20 anos. Em abril de 1994 começava a operar na linha 5101-Cabedelo, na época pertencente a empresa Róger, o primeiro telefone público celular a cartão indutivo das regiões norte e nordeste. A então Empresa de Telecomunicações da Paraíba, Telpa, colocou no carro 5115 da Róger, a tecnologia em fase experimental por 40 dias para saber qual estratégia seria usada para implantar e ampliar o sistema em outras empresas de ônibus no estado.

Segundo o gerente operacional da Róger, a escolha para a implantação do
telefone celular na linha partiu da própria Telpa, uma vez que o trajeto entre João Pessoa a Cabedelo é muito plano e a estrada era bem conservada e não tinha interferência de morros nas ondas de frequência. A ligação do “orelhão” dentro do coletivo ocorria praticamente como a mesma mecânica dos telefones celulares convencionais, sendo que a diferença é que existia uma ligação na bateria do ônibus com a potência de 12 volts e a carroceria do veículo carrega uma antena externa para a transmissão das ondas.

Como não havia a facilidade de acesso a tecnologia celular para a população na época, o telefone público celular trazia comodidade para os usuários da linha que passavam pelo menos 50 minutos viajando na 5101 passando pela região do Jacaré, Poço e Camboinha. O valor da ligação era o mesmo dos “orelhões” convencionais, ou seja, cada 3 minutos era o mesmo valor de uma ficha telefônica. A diferença que o cartão indutivo possuía vinte chamadas acumulando o equivalente ao valor de CR$ 547.00.

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No Brasil, só Curitiba possuía ônibus com telefonia celular disponível para os usuários. Na Paraíba a Telpa pretendia estender o serviço para mais linhas de ônibus intermunicipais de outras empresas caso os testes tivessem bons resultados, mas como os custos operacionais eram quatro vezes maiores que os telefones convencionais e não teve tanta demanda, o sistema foi desativado.