A São José de Sousa

Fonte: Portal Ônibus ParaibanosFotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team / Adriano Hermes Soares O paraibano Jackson do Pandeiro cantava: “… como tem Zé lá na Paraíba…”. Atualmente podemos dizer: ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Fotos: Acervo histórico Paraíba Bus Team / Adriano Hermes Soares

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O paraibano Jackson do Pandeiro cantava: “… como tem Zé lá na Paraíba…”. Atualmente podemos dizer: “…como tem São José na Paraíba…”. mostrando como tem empresa com o nome São José em nosso estado. Já foram quatro homenageando o santo, mas atualmente são apenas duas. E hoje vamos falar de uma em especial, a sousense que pertencia a F. Coura & Cia Ltda.

Criada nos anos 1970, a Empresa Viação São José, operava a Cajazeiras X Conceição, linha que possuía uma autorização provisória dada pelo governo estadual. A linha atendia os municípios de São José de Piranhas, Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e Conceição, no alto sertão paraibano, que possuía um transporte bem precário a época.

Com a escassez de ônibus na região, os prefeitos dessas cidades e de Cajazeiras, em fevereiro de 1980, fizeram uma carta ao então governador do estado, Tarcísio de Miranda Burity, solicitando a liberação em definitivo da linha.  

Em 4 de março de 1989, a São José sousense inaugura a linha João Pessoa X Sousa, que também era operada pela extinta Trans Paraíba. A linha operava irregularmente, sem autorização do DER. Em Campina Grande a empresa era proibida de acessar o terminal rodoviário e em Pombal e Patos não possuíam local determinado para estacionar nos terminais rodoviários destas cidades.  

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Em apenas uma semana de operação na linha, oitos ônibus que a operavam, foram multados nos três terminais por diversos motivos, com base no regulamento dos transportes de passageiros, artigo 141, 1.5, que diz: Exercer seccionamento de passageiros sem autorização do DER; grupo 2-6: Utilização do ponto de parada ou escala não autorizada.

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A São José vendia passagens abaixo da tabela, por não pagar a taxa de seguro (embora facultativo) e outros impostos cobrados pelo DER. Acusavam a empresa por concorrência desleal e sem sentido visto que a Trans Paraíba, que operava a mesma linha, cumprindo trajeto idêntico, porém com maior extensão. Além disso, a São José era acusada de colocar faixas e cartazes para confundir a opinião pública, não fazendo a política de boa vizinhança com a Trans Paraíba. Pouco tempo depois, depois de tantas polêmicas, o DER determinou que a operação da linha fosse suspensa.  

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Em 1998 a empresa tentou, através de liminar, operar uma linha entre Sousa e Petrolina, Pernambuco, mas teve o processo indeferido pela justiça federal, alegando que seria necessário uma licitação para a operação da referida linha.  

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A São José manteve por um bom tempo, além das linhas citadas no texto, a Souza X Nazarezinho e Souza X Cajazeiras. Com o aumento do transporte clandestino na região, em meados dos anos 2000, a empresa encerrou atividades.  

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A família Coura tem tradição empresarial formando o grupo F. Coura ao qual pertencia a Viação São José. Eram proprietários, Francisco Coura de Sousa, o Tico Coura e seu irmão Hominho Coura, ambos falecidos. Hominho Coura, foi vereador de Sousa de 1992 a 2001.  As outras empresas do grupo existem até hoje em Sousa como o posto de combustíveis “Tiko e Teka” e “O Courão”, Livraria e Papelaria Papirossauros, Pro Campo produtos agropecuários, Projetos Móveis e equipamentos, além da FM 104. Atualmente o grupo F. Coura é comandado por Lúcia Coura.