Mercado interno prejudica contas da Marcopolo

Fonte: Jornal do Comércio Foto: Divulgação A desaceleração no mercado interno impactou o desempenho econômico-financeiro da Marcopolo, de Caxias do Sul, no acumulado de nove meses. A fabricante de ...
Fonte: Jornal do Comércio
Foto: Divulgação
Marcopolo Paradiso 1800 DD

A
desaceleração no mercado interno impactou o desempenho
econômico-financeiro da Marcopolo, de Caxias do Sul, no acumulado de nove
meses. A fabricante de carrocerias de ônibus consolidou uma receita líquida de
R$ 2,465 bilhões, declínio de 9,9% sobre igual período do ano passado.

As
receitas no Brasil caíram 15%, para R$ 1,706 bilhão,
enquanto as de exportação e as provenientes das unidades do Exterior avançaram
4,3%, somando perto de R$ 759 milhões. O valor corresponde a 30% do total,
crescimento de 3,5 pontos sobre os nove meses do ano passado.
 
A
receita tem origem na venda de 13.316 carrocerias, declínio de 15,5% sobre o
mesmo período de 2013. O mercado interno absorveu 10.636 unidades, em queda de
18,7%. As exportações físicas, a partir do Brasil, também caíram: 6,5%,
totalizando 1,2 mil carrocerias.
 
Nas
fábricas localizadas no Exterior que entram no relatório, foram comercializadas 1.726 unidades, alta
de 18%. Destaques para o México e a África do Sul. Na primeira, crescimento de
22,5%, somando 876 carrocerias; na segunda, 39% e 302 unidades. Na Austrália
foi registrado recuo de 6%, para 349 unidades.
 
Incluindo
as fábricas no Exterior em que a Marcopolo não tem controle acima de 50%, foram
vendidas 20.380 unidades, declínio de 15%. Na Argentina houve queda de 41,5% e,
na Índia, de 16,5%. Colômbia apurou crescimento de 29% e Egito de 42%. Estas
operações participaram com 6.029 carrocerias, das quais 73% na Índia. Na
comparação com o acumulado do ano passado, o recuo é de 14%.
A
Marcopolo acumula, nos três trimestres, lucro líquido de R$ 161,2 milhões,
declínio de 25,5% sobre igual período do ano passado. Na mesma base de
comparação os investimentos da companhia tiveram uma redução de 69,5%, para
pouco mais de R$ 90,5 milhões. A empresa mantém a expectativa de receita
líquida de R$ 3,4 bilhões para o ano, com a produção de 19 mil unidades no
Brasil e no Exterior. Os investimentos programados deverão alcançar R$ 130
milhões.