60 novos ônibus novos

Fonte: Mais PB Texto: Mário Coutinho Fotos: Maxwel Silva O jornal Correio da Paraíba trouxe o anúncio da AETC-JP de que “Até novembro, João Pessoa contará com 60 novos ônibus novos”, 38 dos quais já ...
Fonte:
Mais PB
Texto:
Mário Coutinho
Fotos: Maxwel Silva


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O
jornal Correio da Paraíba trouxe o anúncio da AETC-JP de que “Até novembro,
João Pessoa contará com 60 novos ônibus novos”, 38 dos quais já entrando em
circulação neste mês de outubro.

Esse anúncio ocorreu desde o sábado 25 de outubro, detalhando com quantos
veículos cada Consórcio (Unitrans e Navegantes) está contemplado… Aliás, com
quantos veículos cada um dos dois Consórcios está contemplando os passageiros
das linhas em que esses ônibus já passaram ou passarão a circular. Como já
dito, 38 já circulam a partir deste mês de outubro e os outros 22 até o final
de novembro.


Esta alvissareira informação trazemos à tona, em um espaço de opinião como este
do MaisPB, para mais uma vez expressar o quanto o setor de transporte coletivo
(especialmente o urbano) é complexo e incompreendido do ponto de vista
empresarial!…

Já naquele sábado, ao nos encontrarmos com alguns amigos (entre eles gente da
imprensa), estes logo nos questionaram: “Ei, Mário! Como é que as empresas de
ônibus estão em crise se adquiriram 60 ônibus zero quilômetro para estarem
circulando em João Pessoa até novembro, agora?”.

Essa “provocação” por parte daqueles amigos tem a ver com a informação que a
eles pessoalmente já havíamos passado de que não tínhamos observado, nestes
últimos vinte anos, uma crise tão grande como a atual, enfrentada pelo setor de
transporte coletivo. Esquecêramos de também a eles informar que, mesmo em
situação de dificuldade, uma ação que as empresas do setor não podem deixar de
realizar é a de renovação da frota, por menor que seja essa renovação, porque
do contrário a crise mais se aprofunda! Isto mesmo: se não houver da parte
empresarial um grande esforço pela renovação da frota, esta frota cada vez mais
fica onerosa quanto à sua manutenção, exigindo inclusive maior quantificação na
reposição de peças, fora o aspecto de causar desconforto diretamente aos
passageiros em função da maior probabilidade de “quebras”.
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Sem dúvida, o setor de transporte coletivo corresponde a uma atividade
muitíssimo complexa: quando a frota é vista como envelhecida, vêm as críticas
apontando desleixo e/ou desrespeito das empresas em relação aos seus
passageiros; e quando se faz as aquisições de ônibus novos, mesmo sob
financiamentos de médio ou longo prazo, aguçam-se as observações de que “esse
setor está bem demais”. Raro observar-se que um ônibus, mesmo sendo bem de
capital, é também um bem de depreciação rápida, ou seja, a cada ano perde valor
e funcionalidade em torno de 15%. Ou se o renova ou dentro de pequeno espaço de
tempo não mais proporciona a utilização minimamente razoável para servir à
coletividade!

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