Protesto contra tarifa de ônibus em Campina Grande

Fonte: Jornal da Paraíba Foto: Valério Junior Estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e instituições de ensino superior privadas de Campina ...
Fonte: Jornal da Paraíba
Foto: Valério Junior

Nacional+Torino

Estudantes da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e instituições de ensino
superior privadas de Campina Grande interditaram, na manhã de ontem, o Terminal
de Integração durante protesto contra o reajuste da tarifa do transporte
coletivo que passou de R$ 2,10 para R$ 2,20, um aumento de 4,7%. Parte do
trânsito da avenida Floriano Peixoto ficou prejudicado e os motoristas
enfrentaram transtornos.

A mobilização teve concentração na Praça da
Bandeira, no centro da cidade, e seguiu em caminhada até o Terminal de
Integração. Passageiros que esperavam a chegada dos ônibus tiveram dificuldades
no embarque no local. Eles foram obrigados a embarcar na parte externa. Além do
protesto contra o reajuste da tarifa, os estudantes reclamaram das condições do
transporte e a estrutura dos pontos de ônibus nos bairros.
O protesto durou cerca de duas horas e ocorreu de
forma pacífica, encerrando após a chegada da Polícia Militar. Os estudantes
anunciaram reuniões com as entidades envolvidas e novas manifestações para a
próxima semana caso a situação não seja discutida.
Para o coordenador geral do DCE da UEPB, Alberto
Alves, faltou diálogo com os estudantes na decisão do aumento na tarifa.
“Precisamos ampliar a representação de estudantes no Conselho Tarifário,
que tem hoje apenas um estudante. É preciso uma reformulação urgente”,
disse.
Outra reclamação apresentada pelos estudantes é
sobre a dupla jornada dos motoristas, após a demissão dos cobradores.

O estudante de Ciências Sociais da UFCG, Eduardo Martins, cobrou uma decisão
sobre a situação. “É preciso discutir a situação, não é possível que este
reajuste seja aceito. Faltou um debate com a sociedade e os estudantes”,
pontuou.
Pedro Medeiros, representante da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), questionou a falta de mobilidade
urbana do município em benefício dos transportes coletivos. “É preciso
discutir as melhorias para o sistema de transporte de nosso município,
infelizmente, o que temos hoje é uma condição precária”, comentou o
sindicalista
SITRANS AFIRMA QUE PASSAGEM É BARATA
 
O diretor institucional do Sindicato das Empresas
de Transporte de Passageiros de Campina Grande (Sitrans), Anchieta Bernardino,
descartou as reclamações apresentadas pelos estudantes. “Essas reclamações
inexistem. Quanto à tarifa, temos um dos valores mais baratos das cidades do
Nordeste. Os cobradores foram demitidos em detrimento da implantação do sistema
eletrônico para o uso de cartões pelos passageiros”, afirmou.
A frota de ônibus em circulação diária em Campina
Grande é de 200 veículos, o que atende ao número em cerca de 95 mil embarques.

Por sua vez, o prefeito Romero Rodrigues, através da assessoria, informou que a
tarifa fica mantida em R$ 2,20, pois o reajuste é inferior à inflação anual que
ficou em 5,9%.
Números do sistema de transporte coletivo
150 mil viagens mensais realizadas gratuitamente às
pessoas com idade superior a 65 anos;

85 mil mensais realizadas gratuitamente às pessoas portadoras de deficiência;

45 mil estudantes beneficiados com o desconto de 50% na tarifa;

150 pontos de vendas para recarga dos cartões Passe Cidade e Passe Escolar.


Receba os posts do site em seu e-mail!

Quando uma matéria for publicada, você fica sabendo na hora.