Passageiros encontram alternativas para contornar greve de ônibus na Paraíba

Fonte: G1 Paraíba Foto: Wagner Lima A população encontrou alternativas na manhã desta segunda-feira (7) para driblar a greve geral dos ônibus da Região Metropolitana de João Pessoa. A partir das 6h30 ...
Fonte:
G1 Paraíba

Foto: Wagner Lima
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A população encontrou alternativas na manhã desta segunda-feira (7) para
driblar a greve geral dos ônibus da Região Metropolitana de João Pessoa. A partir das 6h30 muitas
paradas não tiveram aglomeração porque muitos passageiros conseguiram dividir a
conta do táxi, pegar carona com colegas de trabalho ou até transporte
alternativos que passaram a circular nos principais corredores de João Pessoa.

A
greve dos 5 mil trabalhadores dos transportes públicos da Região Metropolitana,
que inclui as cidades de Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e Conde, se iniciou à 0h desta segunda-feira
e deixa em torno de 300 mil pessoas sem transporte com os 100% da paralisação.
O
controlador de custo Júlio Bernardino de Sena Costa, morador do Conjunto Pedro
Gondin, não sabia da greve dos motoristas e cobradores até uma colega de
trabalho ligar avisando no início da manhã desta segunda-feira. Mesmo assim,
ele foi para a Avenida Epitácio Pessoa buscar uma alternativa de transporte.
“Sou bem sincero: acho injusto cortar toda a frota de ônibus porque quem sai
prejudicado é a gente que precisa realmente de ônibus para se locomover”,
disse.
Júlio
Bernardino trabalha no Conjunto Ernani Sátiro e na falta dos ônibus circulares
disse que iria esperar passar os táxis legalizados que estão fazendo
‘lotação’.  A saída foi encontrar uma lotação em direção ao bairro de Cruz
das Armas e de lá garantir uma carona até o trabalho. “Um motorista de
transporte clandestino de Alhandra acabou de me abordar, mas a gente
tem medo, né? O jeito vai ser pegar um táxi até o Centro ou Cruz das Armas e
torcer para alguém ir me pegar lá”, afirmou.
Na
Avenida Sérgio Guerra, nos Bancários, onde o fluxo de ônibus é intenso no
início da manhã, só havia veículos particulares trafegando. Na parada de ônibus
da Praça da Paz alguns passageiros permaneceram em busca de outra forma de se
locomover. Na frente do campus I da Universidade Federal da Paraíba alguns
passageiros tentavam contato por telefone para avisar do atraso no trabalho e
tentar garantir uma carona.
No
Castelo Branco, alguns moradores que dependem das linhas que vêm da zona Sul da
cidade, a exemplo da recepcionista Luciana Lira de Assis permaneceram nas
paradas de ônibus em busca de uma forma de chegar ao trabalho. “Sabia da greve,
mas eu pensei que iam deixar rodar pelo menos uma parte. A sensação é horrível!
Já comuniquei ao pessoal do trabalho para ver o que fazem. Se, de repente,
alguém pode vir me pegar. Estou esperando uma resposta”. Luciana chegou às 6h20
na parada e depois de mais de 40 minutos de espera teve a certeza de que a
greve era geral.
A
chefe de cozinha, Débora Evelin, só comunicou ao chefe da impossibilidade de
transporte às 6h40 e também dependia da ajuda de colegas da empresa. “Eu
pensava que ia ter aquela parte de reserva de ônibus. Apesar da demora, a gente
ia conseguir chegar no trabalho, mas tô agora avisando ao pessoal que preciso
de carona”, contou.
Trens se
tornaram alternativa

Para os moradores da Região Metropolitana, especialmente os de Santa Rita, Bayeux e Cabedelo, fazer o trajeto de trem entre as
cidades foi uma das alternativas mais utilizadas diante da greve dos
transportes públicos da capital.
Na
frente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no bairro do Varadouro,
muitos passageiros esperavam nas duas paradas de ônibus, transportes
alternativos e caronas.
A
auxiliar de serviços Ana Cláudia, moradora de Bayeux, estava na parada à espera
de uma carona de um colega do trabalho. Por conta da greve, ela seguiu até João
Pessoa de trem, mas depende de ônibus para chegar até o bairro do Cabo Branco,
onde trabalha. “Já estava sabendo da greve, mas não acreditava na verdade que
fosse parar. Eu informei no trabalho e estão vindo me pegar”, disse.
O
auxiliar de entrega, Edmilson Soares do Nascimento, comunicou à chefia da
dificuldade de chegar até o Bairro das Indústrias e foi orientado a voltar para
casa. “Sabia da greve desde sábado quando cheguei de viagem, mas duvidei.
Liguei para a empresa e ele mandou eu ir para casa. Se houver necessidade,
manda um carro me buscar”, disse após esperar uma hora por transporte.
 
Transporte
clandestino

No Centro da cidade, alguns motoristas que fazem transporte clandestino
aproveitaram a greve para fazer viagens com passageiros que chegaram no
Terminal de Integração e encontraram os portões com cadeados. Alguns motoristas
chegaram a cobrar até R$ 20 por pessoa para fazer o trajeto Centro-Orla e
Centro-Mangabeira.

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