Conhecendo as linhas: 107 – José Américo

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos  Matéria / Texto: Kristofer Oliveira / Josivandro Avelar Foto: Acervo Paraíba Bus Team Fundado nos anos 70, o bairro do José Américo situa-se na zona sul de João ...

Fonte:
Portal Ônibus Paraibanos 

Matéria
/ Texto: Kristofer Oliveira / Josivandro Avelar

Foto:
Acervo Paraíba Bus Team

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Fundado
nos anos 70, o bairro do José Américo situa-se na zona sul de João Pessoa,
fazendo fronteira com os bairros de Mangabeira, Geisel, Cuiá, Colibris e Água
Fria. Suas grandes referências são o Depósito Judicial, o cemitério privado
Parque das Acácias e a Avenida Hilton Souto Maior, uma das principais e
importantes vias da cidade.

O
transporte no bairro já foi citado em matérias anteriores, desde os anos 70
quando três linhas radiais operavam no bairro por distintas empresas até o
“fogo cruzado” que virou quando se tornou cenário de congruência de empresas e
linhas, transformando-se em um bairro “corredor” de ônibus. A José Américo via
Cruz das Armas, que se tornou a 107 não tinha sido abordada ainda.

Surgimento

No fim dos anos 70 o José Américo era servido por três linhas radias que se
tornaram nas futuras: 203 (operada pela Canaã, São Judas Tadeu e Transnacional,
respectivamente, até ser extinta em 1991); 514 (operada pela RB Transportes,
São Judas Tadeu e Transnacional, respectivamente, e extinta também em 1991); e
a 107 atual.
Devido
à posição geográfica estratégica, as empresas que operavam em área próxima
queriam aproveitar a oportunidade de manter a hegemonia nos seus corredores.
Como a Etur não era boba e já estava presente no Geisel, criou a sua linha
radial via Cruz das Armas, tornando-se na primeira operadora da 107 (lembrando
que os prefixos das linhas foram implantadas em 1986).

as linhas 203 e 514 foram remanejadas para o recém-fundado conjunto Mangabeira
VII, sendo rebatizadas com o nome do mesmo. Tal estratégia da Transnacional
estaria relacionada com a concorrência da Setusa, que havia implantado a linha 305,
a primeira a atender Mangabeira VII. Ainda como parte da estratégia (a primeira
reação dos empresários a concorrência da Setusa) nasciam às linhas 1510 e 5110,
operadas por Transnacional e Etur, uma vez que, ao contrário do 203, o 514 não
passaria mais pelo José Américo. Desse modo, não se perdia a conexão do José
Américo com a Epitácio, ao mesmo tempo em que concorreriam com as linhas 1500 e
5100 da estatal.

Tempos na Etur

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Por
um pouco menos de quinze anos, a linha foi operada pela Etur, mantendo três
carros na linha. A frota normalmente era composta por carros usados e oriundos
das linhas mais importantes da empresa, tal como 102, 105 e 115. Bela Vista
Gabriela e Amélia comporá a frota. No fim dos anos 80 e início dos 90 chegou a
operar com Monobloco O-364 e Vitória.

10 anos na Boa Vista
No
segundo semestre de 1991 a linha passa a ser operada pela recém-criada Boa
Vista, após mais um seccionamento hereditário da Etur. A linha foi bastante
ofuscada pelas tidas mais importantes da empresa, a exemplo das 2300, 519 e
120, tendo uma frota bastante problemática. As quebras eram constantes,
ocasionando em atrasos de horário e superlotação. A conservação dos veículos
também era bastante criticada pelos usuários da linha na época. Se os anos 90 foram
considerados de ouro para algumas linhas, a da 107 foi o inverso.
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A década também foi marcada por duas mudanças na linha. Em 1996 uma parte da
frota passou a atender o bairro João Paulo II. A experiência não durou muito
tempo e a Boa Vista deixou de atender o bairro. Ainda no mesmo ano a linha 101
da Reunidas passou a atender a localidade e deu certo, tanto que virou linha, a
A101.

Em
1998 as linhas 106 e 107 fundiram-se, tornando-se na 107 – José Américo/Geisel.
E assim permaneceu por 12 anos.
Quanto
à frota da 107, era comum ser operada por Urbanus e Vitória, aparecendo
ocasionalmente outros veículos, dentre eles o Padron Rio L-113.
Mudança
para Reunidas e sua atualidade
Em
2001 a Boa Vista passa por grandes dificuldades e a linha 107 é negociada com a
Reunidas, que passou a operá-la, sendo a única linha da Boa Vista a não ter
sido negociada com a São Jorge, para onde foram as demais linhas da antiga
empresa, bem como sua estrutura física e frota.

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Com
a transferência para a Reunidas, a frota e o serviço melhoraram
consideravelmente, mesmo operando com veículos com mais de cinco anos de uso. A
frota inicial foi composta por Torino GV e Urbanus II. Uma grande novidade com
pouco tempo na nova empresa foi servir de porta de entrada para um veículo
zero, o Viale 0845. Não durou tanto tempo e o Viale foi remanejado para a linha
5600. Desde então nunca mais um veículo zero estreou na linha.

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Uma
significante mudança ocorreu em março de 2010, após a linha 106 ser
ressuscitada, desfazendo a união com a 107 que havia sido sacramentada pela Boa
Vista. Com isso o seu itinerário passou por alterações e passou a atender a
parte do Geisel que margeia a BR-230, que atualmente possui grandes redes de
estabelecimentos comerciais, a exemplo do Assaí, Atacadão e Carajás.

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A
frota da linha seguiu à risca a sina da sua trajetória desde os anos 70,
recebendo carros de outras linhas e servindo como porta de saída. Diversos
Urbanus II, Torino GV e 1999, Urbanuss Pluss, Viale e até Padron Cidade I (o
filho único 0867, que foi renumerado para 0891) foram fixos na linha antes de
se tornarem reservas ou deixarem a empresa. A sua atual frota é composta por
quatro veículos: 0878 (Torino 2007, adaptado), 0889, 0893 e 0894 (Viales, os
quais são ex-Transnacional 07205, 07206 e 07207).