VLT só deve funcionar na capital em agosto

Fonte: Jornal da Paraíba Matéria / Texto: Katiana Ramos Foto: Rizemberg Felipe   O primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de João Pessoa que seria entregue amanhã, chegará somente no ...

Fonte: Jornal da Paraíba

Matéria / Texto: Katiana Ramos

Foto: Rizemberg Felipe
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O primeiro Veículo Leve
sobre Trilhos (VLT) de João Pessoa que seria entregue amanhã, chegará somente
no final de junho. De acordo com informações da Superintendência da Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) na Paraíba, problemas mecânicos com os
equipamentos que fazem parte das rodas do veículo atrasaram a entrega e a
expectativa é que os novos meios de transportes comecem a operar somente a
partir de agosto.

O coordenador de manutenção
da CBTU, Hércules de Oliveira, informou que as peças defeituosas tiveram que
ser encomendadas novamente e a previsão é que cheguem à indústria que está
montando o VLT, localizada no município de Barbalha (CE), somente no dia 15 de
junho e enviado até o final do mês para a capital. “A gente detectou esse
problema e pedimos a substituição das peças. Como o VLT é formado por três
veículos, quando os dois primeiros chegarem, a CBTU já pode iniciar a
operacionalização”, explicou Hércules.
O técnico explicou ainda que
está programado até dezembro o funcionamento de quatro VLTs, dos oito
programados para funcionar na capital e Região Metropolitana. “A cada dois
meses a gente vai receber os ‘carros’ que formarão os VLTs.
Quatro estarão funcionando
este ano e o restante no ano que vem”, completou.
Enquanto espera a vinda do
VLT, a estudante Joycilene Viegas anda de trem todos os dias, fazendo o
percurso do bairro de Mandacaru, na capital, até o Terminal Ferroviário, no
Varadouro.
Mesmo com a economia na
passagem de trem, que custa R$ 0,50, ela conta o trajeto é arriscado e os
veículos desconfortáveis.“O trem é mais em conta. Mas, é perigoso porque o
pessoal ainda joga pedra nas janelas e a gente fica com medo de acontecer
alguma coisa. Ainda tem também o desconforto e é barulhento. O pessoal falou
tanto em VLT e que iria melhorar o transporte, mas a gente ainda não viu”,
disse a jovem.
De acordo com informações da
assessoria de comunicação da CBTU, o novo veículo entrará em operação em caráter
experimental por um período de 90 dias. Também durante este tempo, a população
receberá orientações sobre como utilizar o novo meio de deslocamento.
PROJETO ESTÁ SENDO ALTERADO
Conforme informações da
CBTU, o VLT fará o mesmo percurso dos trens, que além da capital, percorrem os
municípios de Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. Em reportagem publicada pelo JORNAL DA
PARAÍBA em janeiro deste ano, o então representante da
Companhia havia informado que as estações e os locais por onde passam as linhas
férreas receberiam melhorias na infraestrutura. No entanto, as atividades ainda
não foram iniciadas e o superintendente do órgão, Valdimir Macêdo, revelou que
o projeto ainda está em fase de licitação.
Segundo ele, o projeto
anterior passou por modificações e entre as alterações estão a construção de um
posto de combustível para o abastecimento dos veículos e mais dois pontos de
cruzamento. “Primeiro nós temos que fechar o projeto e ainda tem uma série de
adequações que precisam ser feitas. Mas nós ainda não temos previsão de quando
vamos começar”, disse o superintendente.
Caso comece a funcionar no
próximo mês de agosto, como foi informado pelo coordenador de manutenção da
CBTU, o VLT trafegará sobre as estruturas antigas por onde ainda passam os trens.
Ao longo das ferrovias, a falta de infraestrutura é visível. Os trilhos estão
cobertos por mato, muros com rachaduras, além da falta de segurança.
A dona de casa Sara de Sousa
mora na capital e toda a semana pega o trem no Terminal Ferroviário em direção
ao município de Bayeux, onde mora a irmã. Ela conta que prefere viajar no trem
por conta da rapidez e da passagem mais barata, se comparado ao ônibus.
Contudo, lamenta o abandono nas estações. “Andar de trem é bom porque a gente
economiza e chega até mais rápido que o ônibus. Mas isso aqui está muito
abandonado e é perigoso, às vezes. O pessoal poderia ao menos fazer uma
limpeza”, completa.

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