Penha renova a frota

Fonte: Mobilidade em Foco Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro Foto: Divulgação A empresa Nossa Senhora da Penha, com sede administrativa na cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná, ...

Fonte: Mobilidade em Foco

Matéria / Texto: Carlos Alberto
Ribeiro

Foto: Divulgação
PenhaA empresa Nossa Senhora da Penha, com
sede administrativa na cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná,
continua firme na sua política de sempre perseguir, ter como uma das metas o
compromisso com a constante renovação de
sua frota de ônibus, mantendo-a permanentemente dentro de parâmetros aceitáveis
quanto a idade média. Com isso, prioriza sempre a segurança, o conforto dos
passageiros e o controle rigoroso do menor custo possível no custo por
km/rodado e demais itens inerentes a planilha de custos, tanto entre os custos
fixos quanto aos custos variáveis.

Para tanto, acabou por incorporar 30 novos ônibus, todos com
carrocerias fabricadas pela Marcopolo, Geração 7 (G7), sendo 21 unidades do
modelo Paradiso 1200, montados sobre plataforma Scania K360IB 6 x 2 (trucado);
três unidades Paradiso 1200 sobre chassi Scania K360IB, configuração 4 x 2
(toco); quatro unidades da versão Paradiso 1600 LD, também montados sobre
chassis Scania K360IB 6 x 2; e, por último, duas unidades do modelo top da
Marcopolo, o Paradiso 1800 DD, sobre plataforma Scania K440IB 8 x 2, quatro
eixos. Sem dúvida uma excelente compra, apenas configurado de maneira errada na
aquisição dos quatro Paradiso 1600 LD.

Por que configuração errada? Bem, foram montados sobre
plataforma Scania K360IB 6 x 2, a mesma plataforma dos outros modelos
adquiridos, Paradiso 1200. Para o Paradiso 1600 LD deveria ter-se priorizado o
chassi Scania K400IB 6 x 2, com motor de 400 cv e não o motor Scania de 360 cv,
pois já faz cerca de seis a oito anos que a preferência de potência para
carrocerias LD saltou dos 360 cv para 400, 420 cv. Então o que vai se
verificar, por causa da relação peso/cv, é que os quatro Paradiso 1600 LD
apresentarão consumo de combustível superior aos Paradiso 1200, que tem menor
peso da carroceria.

Todos os 30 ônibus adquiridos pela Penha tiveram o salão de
passageiros configurados na categoria denominada pela empresa como Classis, com
42 poltronas do tipo semi-leito. Sendo que os dois modelos Paradiso 1800 DD,
quatro eixos, dois andares, agregam duas categorias de serviço no salão de
passageiros. Classis no andar superior e Astor (Leito) no primeiro andar. Os
novos ônibus incorporados significará um remanejamento em toda a frota, na
medida em que os mais novos substituirão os seminovos nas linhas de maior valor
agregado, de maior importância e concorrência. Por sua vez, os seminovos
substituirão outros em outras linhas. E assim, sucessivamente, haverá impacto
em toda a frota, culminando que alguns ônibus, os mais velhos da frota, serão
encostados como “carros reserva para “carros extras” em feriados ou quando
algum outro é parado para manutenção preventiva ou porque quebrou, teve pane
mecânica. Desses mais velhos, alguns serão disponibilizados para venda a
terceiros.

A última grande compra da Viação Nossa Senhora da Penha foi
no dia 27 de novembro de 2012, quando adquiriu da fabricante de carrocerias
Mascarello 30 ônibus, sendo 20 unidades do modelo Roma 370, montados sobre
chassi Scania K360IB 4 x 2 e mais 10 unidades também do modelo Roma 370, mas
com chassis trucados, modelo Scania K400IB 6 x 2. Por último, cabe aqui
observar, até para evitar comentários tipo: “ah, não compraram ônibus da
Mascarello”, devemos relembrar que nem sempre a repetição de compra de um mesmo
fabricante tem a ver com o fato de não ter gostado de determinada carroceria. 
Muitos outros fatores entram em jogo, como o menor prazo de
entrega, o desconto em cada unidade vendida, o fornecimento de itens que eram
opcionais como standard e o empenho dos representantes (concessionárias). Como
se vê, as variáveis em jogo são muitas e tem a ver até com o fato de não
desagradar este ou aquele fabricante, procurando sempre manter relação de boa
vizinhança com todos, pois nunca se sabe do dia de amanhã e se o empresário de
ônibus precisar de forma urgente do fornecimento de novos ônibus e o único
fabricante disponível com o menor prazo de entrega for justamente o que ele
relegou a segundo plano em algum momento do passado?