Um Vitória de grande sucesso

Fonte: Inbus Transport / Enciclopédia bus / Portal Ônibus Paraibanos Matéria / Texto: Hélio Luiz de Oliveira Fotos: Kristofer Oliveira / Lucas Lima / Thiago Martins de Souza / Acervo A Caio, Companhia ...

Fonte:
Inbus Transport / Enciclopédia bus / Portal Ônibus Paraibanos

Matéria
/ Texto: Hélio Luiz de Oliveira

Fotos: Kristofer Oliveira / Lucas Lima / Thiago Martins de Souza / Acervo
3367 parada solicitada caio vit ria um nibus feito para vencerA
Caio, Companhia Americana Industrial de Ônibus, já era líder no mercado de
carrocerias urbanas e após o lançamento do modelo Amélia, apresentava o seu
mais novo sucesso: o Caio Vitória. Ainda com seu escritório central local na
cidade de São Paulo (na Rua Guaiaúna, bairro da Penha), a encarroçadora dava um
grande passo, consolidando com a mai importante produtora para o segmento
urbano. Foi na versão estrutura de ferro que o Vitória foi editado em 1987,
seguido posteriormente para o de estrutura de alumínio e diversificando para
unidades como convencional, articulada e especial.

Momento
delicado da economia brasileira, o “Vitória” da Caio tornaria um
referencial inverso da situação, mostrando contudo um dos mais respeitados
projetos de carrocerias de ônibus já fabricados no país.

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Expresso+Aparecida+Caio+Vit%C3%B3ria+OF 1620

P.M.+Sap%C3%A9+Caio+Vit%C3%B3ria+O 364+(2)
Verdes+Mares+Caio+Vit%C3%B3ria+OH 1315+(2)

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Do
parque fabril na cidade de Botucatu (cuja área total era de 280 mil m² e 60 mil
m² de construção industrial), a Caio colocava em linha 18 unidades, e o mercado
nacional era abastecido por um produto de boa aceitação e de excelente
estruturação operacional, não permitindo que o frotista ficasse com o ônibus
parado na garagem, e sim, trabalhando.

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Vitória produzido pela Caio Norte

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Em
tão pouco tempo, o Caio Vitória tornaria outro ícone de venda da empresa
paulista, seguindo a tradição de décadas em carrocerias com vantagens frente à
concorrência em sua época. O Vitória, dois anos mais tarde ganha a versão
“misto quente” – ônibus com característica semi-rodoviário com
detalhes urbanos (como sem bagageiro passante e vidros tradicionais do modelo
urbano) para curta distância.

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O
Uruguai foi o primeiro país a receber este novo produto, no modos-operandi via
exportação.

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A marca Caio de carrocerias de ônibus mantinha a tradição de mais de 20 anos,
em batizar seus produtos com nomes femininos como Gabriela, Amélia, Carolina,
entre outros, sendo que o nome Vitória complementaria essa diferenciação e
selaria o modelo final com esse tipo de nomenclatura.

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Lançado oficialmente no final do
ano de 1988 (já como modelo 1989), deixou a linha de montagem em 1995, com o
lançamento do seu sucessor, o CAIO Alpha. Devido a carteira de pedidos, não é
difícil encontrar CAIO Vitórias fabricados no ano de 1996, assim como também
não seria difícil encontrar um CAIO Amélia fabricado em 1988 já que a CAIO
tinha que cumprir a sua carteira de pedidos.

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5609+Caio+Vit%C3%B3ria+OF 1315

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Durante sua produção, pequenas e
poucas alterações foram feitas em seu layout:

a) no seu lançamento, não havia a grade frontal
na mesma coluna horizontal entre as extremidades das lanternas, ou seja, era um
chapa lisa, onde muitas empresas utilizavam para colocar o número do prefixo;

b) ainda no modelo de lançamento, internamente,
o capô do motor (para os chassis Mercedes Benz) tinha um pequeno dregrau;

c) ainda no modelo de lançamento, havia em uma
peça única de material plástico resistente (a parte do revestimento do teto
onde envolvia o cock pit do motorista e do banco do primeiro passageir) aonde
ficava o cofre dos pistões de acionamento da porta dianteira e do lado esquerdo
outro cofre, aonde ficava o painel da placa elétrica e mais a caixa do
intinerário, tudo em peça única, na cor cinza escura (posteriormente, essa peça
foi desmembrada);

d) portas dianteiras e traseiras de folha única
para, ao serem acionadas para fechamento, a mesma empurrava de modo seguro, o
passageiro para dentro;

e) painel do motorista não mudou com a evolução
do modelo mas, o restante do painel dianteiro, onde se escondia por exemplo o
bocal de entrada de água no radiador até, na mesma linha onde comaçava o piso
dos passageiros, terminava com um degrau de rebaixamento até finalizar na porta
dianteira;

f) externamente, o mata junta infeiror,
praticamente acompanhava a masma linha dos borrachões do “arco” das
caixas das rodas, isto para chassís de motorização dianteira, além dos
para-choques chanfrados e as janelas eram montadas de acordo com os chassís
mas, do lado esquerdo, as janelas traseiras, praticamente três montadas quase
que na mesma largura das portas – já em chassis de motorização traseira, esta
características eram bem diferentes;

g) para os modelos fabricados no ano de
1989/1990, desaparece a grande frontal da mesma coluna horizontal da mesma
linha entre os faróis retângulares dianterio, passando a adotar as mesmas
saídas de ar que o restante da grade;

h) internamente, devido a reclamações, parte do
painel interno de revestimento do teto que era em peça única, passou a ser
montado em formidur, como o restante do revestimento teto.

i) a mais sensível modificação efetuada no
modelo aconteceu no ano de 1992, atendendo as sugestões dos empresários: a CAIO
alterou as portas, ou seja, passaram de folha única para folha dupla e os
para-choques, antes chanfrados, passaram a ser lisos. Curiosamente, a Viação
Santa Brígida (São Paulo/SP) ao encomendar seus modelos, solicitou que fosse
mantido os para-choques chanfrados.

j) nos modelos fábricados a partir do ano de
1994, o painel dianteiro interno (que tinha um degrau rebaixado próximo da
mesma linha do salão de passageiros que seguia até a porta dianteira), teve o
degrau eliminado, sendo substitído por uma “caída” curvilínea suave,
terminando na porta dianteira;
(fonte: Mário Brian)


Caio Vitória FE

FOTO 1 PRIMEIRO CAIO VIT%C3%93RIA

Modelo especial produzido em duralumínio, a
exemplo das carrocerias produzidas pela CIFERAL. Construído com material
resistente à corrosão, possuía os rebites aparentes e era direcionado às empresas
de cidades litorâneas que tinham problemas com carrocerias “comuns”
devido à maresia. Essa tecnologia foi absorvida da antiga encarroçadora carioca
Metropolitana, comprada pela CAIO em 1976 e que passou a ser conhecida como
CAIO Rio à partir do CAIO Gabriela II.


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