Transportador brasileiro recorre cada vez mais à reforma de pneus

Fonte: Transporta Brasil Matéria/Texto: Victor José Fotos: Divulgação Com o mercado de equipamentos e acessórios para veículos cada vez mais inflacionado, o transportador de cargas e os grandes ...

Fonte: Transporta Brasil
Matéria/Texto: Victor José
Fotos: Divulgação

Promotion wholesale for bus coach truck tires 10r22 5 tires 12 00r20 12 00r24 truck tyreCom o mercado de equipamentos e
acessórios para veículos cada vez mais inflacionado, o transportador de cargas
e os grandes frotistas sentem o peso dos custos na hora de gastar com
manutenção. E quando é necessária a troca do jogo de pneus do caminhão, o cálculo
do custo pode assustar, tendo em vista que uma unidade custa, em média R$ 1,2
mil, dependendo do modelo e da aplicação. Apesar de mais caro, naturalmente
utilizar um pneu novo proporciona ao profissional do transporte segurança e
conforto imediatos. Mas, e quando se investe na bandagem reformada? É possível
confiar em seu desempenho e durabilidade? Os números mostram que sim.

De
acordo com a ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus), o
custo com pneus está entre o segundo e o terceiro lugar no ranking dos maiores
gastos do transporte rodoviário, e, ao reformar, ao invés de comprar um
original cada vez que haja necessidade de troca, o dono do veículo está
proporcionando uma redução de 57% no custo por quilômetro rodado com o uso da
reforma.
“Se
um pneu novo representa um valor 100, o reformado custa somente 40% desse preço
estipulado. Então, sem dúvida, é um bom negócio”, afirma o assessor técnico da
ABR, Carlos Thomaz.
Atualmente
utiliza-se 25% do material de um pneu novo, e mesmo assim, os especialistas
garantem que uma unidade reformada proporciona a mesma durabilidade que a de um
novo, às vezes até maior.
21 eco1a“Isso
acontece porque o pneu passou por um processo inicial de estabilização, ou
seja, em comparação, é o que acontece com um carro novo, pois ele deve rodar
uma determinada quilometragem para adquirir uma concepção estável”, explica
Thomaz.
Adesão
no Brasil – 
A
reposição da banda de rodagem desgastada pelo uso começou a ser empregada como
método de evitar o desperdício de matéria-prima. Na prática de reformar pneus,
o Brasil já é o segundo país do ranking, perdendo apenas para os EUA. Hoje,
existem em todo o País aproximadamente 1.600 reformadoras regularizadas e 18
fornecedores de matéria-prima, sendo 15 nacionais e três multinacionais. Com
isso, o segmento fatura cerca de R$ 4 bilhões por ano.

Dois
terços dos pneus de carga em uso são reparados. A reforma repõe no mercado mais
de 7,6 milhões de pneus da linha caminhão e ônibus, enquanto a indústria de
pneus novos repõe 5 milhões. A reutilização proporciona ao setor de transportes
uma economia que gira em torno de R$ 5,6 bilhões por ano.
Para
José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes, aderir ao uso de pneus
reformados apresentou uma queda bastante significativa na planilha de custo de
manutenção da frota da empresa.
“Aderimos
à banda reparada há cerca de sete anos atrás. Atualmente, posso dizer que 75%
da minha frota está equipada com pneus renovados. Normalmente eles passam por
duas reformas antes de descartarmos a carcaça”, declara o executivo.
Mercado para os fabricantes – De
certa forma, o mercado de reforma também estimula as fabricantes, isso porque
as unidades já são produzidas para serem reformadas quando necessário. Grande
parte das fábricas de pneus novos produzem materiais para reformas, como a
Goodyear fabrica produtos para recauchutagem como bandas de rodagem, cola e
cimento. A Bridgestone, por meio da marca Bandag, a Continental e a Pirelli
também têm produtos para reparo e mantêm no Brasil redes autorizadas para as
reformas.

“Os
grandes fabricantes apresentam programas interessantes para chamar atenção do
cliente, pois eles sabem que o frotista está com os olhos voltados para a
reforma. Então as marcadas de pneus são na realidade os mais interessados, pois
sabem que a reforma é uma realidade que vem crescendo e que beneficia uma
grande parte de quem compra seus produtos”, explica Thomaz.
Quando
reformar? – 
Mesmo
com o barateamento com o gasto de pneus proporcionado pela reforma, é muito
comum observar caminhões com pneus absolutamente desgastados pelo uso
excessivo. O perigo proporcionado pela falta de manutenção é enorme, pois além
de o motorista poder perder o controle, somente o impacto da explosão e a
velocidade dos fragmentos da bandagem projetada para diversas direções já é
capaz de matar uma pessoa. Por
isso, um dos primeiros pontos que devem se abordados na checagem de
durabilidade é o desgaste máximo do pneu (limite de segurança), que é de 1.6 mm
de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, ele já passa a ser considerado
“careca”. Neste sentido, a resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar
com pneus abaixo do limite é ilegal, e o veículo pode ser apreendido.

Para
saber a hora certa de trocar o produto, os pneus vêm com ressaltos na base dos
sulcos para indicar o limite de segurança sem ter que se usar um medidor. Por
isso, o motorista pode vistoriar o pneu periodicamente, sem necessidade de se
deslocar a um estabelecimento comercial.

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Quando
o pneu está careca, há um aumento da propensão de derrapagens laterais, mesmo
em pista seca; o espaço necessário para frenagem aumenta; não há drenagem
adequada de água, causando grande instabilidade em pistas molhadas; cresce o
risco de furos e cortes na banda de rodagem.

Além
disso, a regulamentação dos reformadores é outro tópico a ser considerado pelo
transportador. Carlos Thomaz explica que em muitos casos o reparo da banda
acaba sendo realizado de maneira inadequada, sem os cuidados requeridos pelo
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
“Hoje, os reformadores devem estar
credenciados pelo Inmetro, na Portaria 444/2010. Nessa Portaria, são apresentados os requisitos
mínimos para o recauchutador se adequar ao segmento, porém infelizmente muitos
não estão. Portanto, isso é de extrema importância para o transportador saber procurar
um profissional que esteja dentro das exigências para não sair lesado depois”,
conclui.

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