CNH de motoristas de ônibus e caminhões pode ter prazo menor para motoristas obesos

Fonte: Paraná Online O prazo da habilitação para quem dirige veículos de carga e de transporte de passageiros pode ser menor se o motorista estiver acima do peso. A norma do Departamento de Trânsito ...
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Paraná Online
a8b4b56fa8e27c8f3712ce4ad131bed9O prazo da habilitação para quem dirige
veículos de carga e de transporte de passageiros pode ser menor se o motorista
estiver acima do peso. A norma do Departamento de Trânsito (Detran) leva em
consideração o índice de massa corpórea (IMC) – um indicador da existência de
distúrbios do sono – e divide a opinião de especialistas. Dados do Ministério
da Saúde apontam que a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de
42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos
subiu de 11,4% para 15,8%.

De acordo com o endocrinologista
Henrique Suplicy, os obesos têm maior propensão a desenvolverem a chamada
apneia do sono. “A apneia do sono é uma condição em que a pessoa para de
respirar durante a noite e superficializa o sono. Como ela não descansa direito
durante a noite, acaba afetando o sono durante o dia, o que prejudica o
trânsito”, comenta.

Suplicy discorda do método utilizado pelo Detran. “Não vejo
vantagem em diminuírem a validade da carteira, pois se a pessoa permanece
obesa, permanece com apneia. Se está na mesma condição, revalidar não faz a
mínima diferença”, avalia. Para diagnosticar a apneia é necessário um exame
chamado polissonografia. “A pessoa precisa ir ao laboratório e dormir lá para
avaliar a qualidade do sono. Não vejo como o Detran possa exigir esse exame,
pois é economicamente inviável”, destaca.

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O endocrinologista acredita ainda que o
IMC não seja um bom parâmetro para essa avaliação. “Existem outras condições,
como se a condição do pescoço é mais curta, gordura na região cervical. Existem
grandes obesos que não têm apneia e pessoas com peso relativamente pequeno que
possuem”, complementa Suplicy.
Já a presidente da Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia do Paraná, Gisah Amaral de Carvalho, considera
a medida positiva, pois seria um meio de verificar a saúde do paciente com
maior frequência. “A medida é boa, porque o paciente que tem obesidade está
mais sujeito a outras comorbidades, como a hipertensão e a diabetes, e precisa
ter avaliação em intervalos menores”, afirma.