Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Valério Junior
Fotos: Caio Henrique/Valério Junior/Peterson Alves
Como
já dito em outra matéria, o transporte coletivo em Campina Grande está passando
a pior fase dos últimos anos, e nada é feito pra melhorar essa situação.
Mas Afinal, de quem é a responsabilidade? O que pode ser feito para esse
problema ser solucionado? São dúvidas que persistem, e sempre o maior
prejudicado é o passageiro que paga caro por um transporte ineficiente. Vamos conferir nessa matéria o sofrimento diário dos usuários do transporte coletivo campinense!!!
Novos bairros estão aparecendo, muitos deles sem qualquer infraestrutura e
acesso sem pavimentação, pensando no lucro, logo as empresas que operam na
área, sem qualquer estudo de rota, estendem a linha e muitas vezes sem alterar
o quadro de horários fazendo com que o motorista tenha cada vez menos tempo
entre uma viagem e outra.
Ruas de alguns bairros ficam intransitáveis depois das chuvas e os usuários da
localidade acabam ficando isolados. Mas será que a prefeitura está atenta a
isso? A resposta é NÃO!
Desrespeito ao idoso e deficiente físico
Ônibus
acessível em Campina Grande? Pura mentira! Do que adianta a cidade ter dezenas
de ônibus adaptados com plataforma elevatória se a grande maioria não
funciona? Os poucos que funcionam são com dificuldades, e o motorista não é
preparado para operar aquilo e por isso muitas vezes prefere deixar o
deficiente na parada. Ele tem horário a cumprir e isso certamente vai tomar 10
minutos (ou mais) da sua viagem. Sem o auxílio do cobrador a situação só piora.
O Idoso, não tem mais suas cadeiras reservadas dividas dos outros passageiros
(antes da roleta), em certos horários são obrigados a viajar em pé, pois a
maioria dos passageiros não tem a boa vontade de ceder o seu lugar.
Outro problema é que, muitas vezes atrasado, o motorista não para quando vê um
idoso, e quando para, arranca bruscamente e pode acaba por derrubá-lo.
Desorganização generalizada
O
terminal de integração encontra-se abandonado pela atual gestão, sujeira
não falta, mas segurança falta que é uma beleza. Nenhuma plataforma informa a
linha como deveria ser, o que faz muitas vezes as pessoas pegarem ônibus
errados.
Pela cidade, os poucos abrigos que existem são de décadas passadas, o
passageiro é obrigado a esperar o coletivo debaixo de chuva e sol, Além de não
existir qualquer informação correta da linha que passe por aquele local.
No interior dos ônibus não existe qualquer divulgação de contato com a STTP
para possíveis sugestões ou reclamações.
A Frota da cidade não passa por qualquer vistoria antes de rodar e boa parte
dela, a prefeitura não sabe que existe.
Renovação de frota
Chegamos
ao ponto mais cobrado pelo passageiro, ônibus novos, coisa que quase não
existe mais aqui na cidade. Sem qualquer incentivo e cobrança, as empresas cada
vez mais investem em ônibus usados de vários cantos do Brasil, inclusive
da própria capital. Os ônibus mais novos (em idade) da frota estão em situação
lastimável e justamente remetendo ao tópico “Crescimento desordenado” onde os
ônibus circulam em ruas sem pavimentação e assim desgastando-se mais rápido.
Transporte Clandestino
Tem
crescido cada vez mais na cidade o número de carros que fazem transporte
clandestino. Reflexo do transporte ineficiente principalmente na zona
oeste da cidade. Quem utiliza esse tipo de transporte pra se deslocar está
contribuindo com algo ilegal, que consequentemente está influenciando de forma
negativa até os táxis e moto-táxis credenciados na cidade.
Possível solução
Participação ativa do poder público no transporte coletivo, exigir de
verdade o que o passageiro necessita, seja ele estudante, idoso, deficiente,
morador de bairro rico ou pobre, próximo ou distante; Dar condições de acesso a
todas as rotas de ônibus, incentivando a renovação constante e conservação dos
ônibus já operantes; manter um canal aberto seja por internet como por telefone
para possíveis dúvidas e sugestões do passageiro; além de novos abrigos em
paradas de ônibus com informações corretas.
Coisas que parecem tão simples, ao mesmo tempo estão longe da realidade
campinense, infelizmente.