Viação Itapemirim: Frota ampliada com 150 ônibus

Fonte: A Tribuna Matéria/Texto: Ana Eliza Oliveira Foto: JC Barboza/Adriano Horta Mais que um dos herdeiros de um grande grupo econômico, o empresário Camilo Cola Neto aprendeu e herdou do avô Camilo ...

Fonte: A Tribuna
Matéria/Texto: Ana Eliza Oliveira
Foto: JC Barboza/Adriano Horta

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Mais
que um dos herdeiros de um grande grupo econômico, o empresário Camilo Cola
Neto aprendeu e herdou do avô Camilo Cola e do pai, Camilo Costa Filho, o faro
empreendedor para os negócios. Fascinado com administração de empresas, ele
buscou conhecimento em uma das universidades mais conceituadas do mundo, a
Franklin College, nos Estados Unidos. Em entrevista, ele conta os planos do
Grupo Itapemirim, que vai ampliar a frota com mais 150 ônibus até o ano que
vem. 

A
TRIBUNA –Quando você começou a se interessar pelos negócios da família?
CAMILO
COLA NETO –Meu envolvimento nos negócios da família começou ainda na infância, quando
acompanhava meu pai e meu avô Camilo Cola nos trabalhos da empresa Itapemirim.
Nossa
família tem como tradição que todos nós façamos um tipo de estágio nas empresas
do Grupo Itapemirim para conhecer a fundo nossas atividades. No meu caso,comecei
aos 17 anos, antes de ingressar na faculdade. A experiência foi muito rica.
>Qual
a sua formação?
Me
formei em Administração pela Franklin College, nos Estados Unidos. Quando
terminei a faculdade, aos 24 anos, voltei para o Brasil para cuidar de uma
empresa de transportes do grupo, em Curitiba.
>Qual
foi a primeira empresaem que você trabalhou?
Sempre
gostei de motos. Por isso, quando percebemos a possibilidade de crescer neste
mercado, meu pai me convidou para iniciar a sociedade na Garinni Motors, uma
montadora e revendedora de motos chinesas. Trabalhamos com modelos scooter e
esporte. Nossa montadora está em Manaus e temos oito concessionárias no Sudeste
e Nordeste do País.
Hoje,
temos mais de 12 mil motos comercializadas rodando em todo o País. No entanto,
a empresa passa por um momento de transição.
>A
empresa vai passar a atuar em um novo mercado?
Através
de estudos, identificamos uma área no mercado de motos com muitas chances de
crescimento. São as motos de trabalho, voltadas para motoboys e moto-táxi.
Graças
aos incentivos do governo, está mais fácil e barato comprar motos. Vamos
investir nestas motocicletas de 50 a 250 cilindradas. Para a mudança de mercado
e ramo de atuação, vamos aproveitar a estrutura já existente e trazer para o
País novos modelos.
A
empresa me deu muita base para prospectar novos negócios, aprendi na prática,
errando e acertando.
>E
os negócios no mundo do entretenimento ?
Sempre
gostei e me identifiquei com a área de entretenimento. O Espírito Santo tem
tudo para crescer e se desenvolver. Acreditando neste potencial, decidi
investir no ramo.

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Para
atuar nesta área, conto com o apoio de dois sócios. Em Vitória temos o bar
Thale, o menu é inspirado em países como Japão, Tailândia e Índia. Em
Guarapari, o Taikô e o S Dining Club. Todos os projetos são ousados, com vasto
cardápio e carta de bebidas com drinques, vinhos, champanhes, vodcas e cervejas
importadas da melhor qualidade.
>Você
está voltando ao Estado para participar de forma mais ativa dos negócios da
família. Quais são as expectativas para essa nova fase?
Minhas
raízes são muito fortes no Espírito Santo, costumo dizer que nunca deixei o
Estado. Voltar a atuar na administração do grupo é um desafio, uma vez que meu
avô Camilo Cola fez das empresas o que elas são hoje. Ele criou uma série de
processos visando sempre a melhoria dos nossos serviços.
Espero
colocar em prática o que aprendi com ele e com meu pai ao longo desses anos.
>Como
é o seu relacionamento com os funcionários?
Nosso
relacionamento é o melhor possível, as empresas são uma extensão da minha casa.
Todos me conhecem e me chamam pelo nome. Temos funcionários com mais tempo de
carteira assinada do que eu tenho de idade. Isso demonstra que eles estão
satisfeitos.
>Quais
são os novos investimentos previstos para o grupo?
Hoje
o grupo está focado na Itapemirim, que é nossa galinha dos ovos de ouro
presente. Nossos ônibus andam por estradas de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e
Curitiba, além do Nordeste.
Estamos
renovando a frota de ônibus, que ficou um pouco defasada. Este ano serão 50
novos ônibus e, no ano que vem, mais 100, um investimento da ordem de R$ 85
milhões.
Os
novos modelos serão de marcas que já conhecemos e têm elevado padrão de
qualidade, como Mercedes-Benz e Marcopolo.
Estes
investimentos estão sendo feitos, pois queremos ganhar mercado num nicho que
ainda é pouco explorado: o de transporte dedicado a funcionários e fretamento
de ônibus para turismo. São mercados com muitas oportunidades no Espírito
Santo.
Na
Marbrasa, fizemos investimentos em equipamentos para ampliar a produção de
granito e ganhar mais mercado.
>Seus
irmãos também fazem parte dos negócios da família?
Minha
irmã Andréa Cola trabalha na parte comercial do grupo, somos seis irmãos. Os
outros ainda são muitos novos, mas quando chegar a hora também farão estágio na
empresa. A sucessão familiar ocorre de forma gradativa, meu avô Camilo acredita
que a família deve estar envolvida de forma ativa na empresa.
>O
que você aprendeu com seu avô e seu pai?
Não
deixar para amanhã o que posso fazer hoje. Meu avô é um visionário em tudo o
que faz, ele tem mais pique do que eu às vezes. Também adquiri muito conhecimento
de negócios e gestão com meu pai, que é um grande empreendedor.

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