Conhecendo as linhas: 003 – Jaguaribe

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos Matéria/Texto: Josivandro Avelar Colaboração: Kristofer Oliveira Fotos: Acervo Paraíba Bus Team Seu nome significa “Rio das Onças”. E foi inspirado de um ...

Fonte: Portal Ônibus Paraibanos
Matéria/Texto: Josivandro Avelar
Colaboração: Kristofer Oliveira
Fotos: Acervo Paraíba Bus Team

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Seu nome significa “Rio das Onças”. E foi
inspirado de um felino, a onça juguar, que existia aos bandos nas matas da
então localidade, na época da colonização. Também é o nome do principal rio que
corta a cidade, cuja nascente localiza-se no bairro do Esplanada, as margens da
BR-230 e deságua no bairro do Bessa, sendo a fronteira natural com a cidade de
Cabedelo. Atualmente está poluído. Vamos nessa matéria conhecer um pouco mais sobre a linha 003!!!!


Segundo algumas fontes históricas, o bairro foi um palco importante na invasão
holandesa ocorrido no Século XVII, pois o Rio Jaguaribe, antes navegável, foi
estratégico para cercar as tropas portuguesas da parte urbana da cidade de
Filipéia de Nossa Senhora das Neves (um dos antigos nomes de João Pessoa),
enquanto que a outra parte da tropa holandesa adentrava pela rota mais
previsível: O Sanhauá.

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Referência de um dos bairros mais
antigos de João Pessoa, a linha 003 tem vários níveis de história: desde as
mais nostálgicas, até as de amor e ódio de quem as usa. Uma das primeiras
linhas operadas pela Marcos da Silva nos anos 1960 começou bem antes, nos anos
1950, ainda operada nos tempos da Auto Viação Dutra, com outro nome: Circular
ABC, referência a uma rua do bairro de Jaguaribe que tinha esse apelido (o
único indício desse apelido em um logradouro de Jaguaribe é o nome de uma
panificadora que fica na Rua Frei Afonso, fazendo esquina com a Rua Silvino
Nóbrega, por onde o 003 transita).

Apesar do bairro de Jaguaribe
contar com a presença de outras linhas de ônibus (os corredores 1 e 2 finalizam
ali, e de lá seus veículos saem ou chegam do Centro), a linha 003 tem como
finalidade atual atender as áreas internas do bairro (parte leste de Jaguaribe)
e os logradouros que lá estão situados, como a Praça dos Motoristas, a Feira de
Jaguaribe e o IFPB.
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Além desses dois locais, o 003 é
notório por atender quase que sozinha a várias unidades de saúde de diversas
especialidades: o CAIS de Jaguaribe (o antigo PAM), e os Hospitais Arlinda
Marques, Clementino Fraga, Cândida Vargas e São Vicente de Paula, os quais
atraem demanda. Apesar de atender a várias unidades hospitalares, surpreende o
fato da linha não contar com veículos adaptados, o que torna a dificuldade de
locomoção de quem tem acessibilidade limitada e depende dessa linha para se
dirigir até esses locais mais difícil.

Nascimento da linha
O primeiro registro de que se tem
notícia do então Circular ABC encontrei aqui, nesse comentário do Philippe
Figueiredo numa foto
da Auto Viação Dutra
. Segue um trecho desse comentário o qual fala especificamente sobre a
história da linha que ele encontrou num livro sobre a história do bairro de
Jaguaribe:
Resumindo, a primeira empresa
registrada a fazer a linha Jaguaribe x Centro,foi a DUTRA do Sr Nathércio Dutra
,vindo do Rio Grande do Norte e iniciou a linha ABC,este nome devido a rua por
onde passava este ônibus.Por fim,nos anos 60 A MDS assume as linhas do Bairro
de Jaguaribe e a Cabo Branco pertencente a DUTRA.
Ou seja, a Marcos da Silva quando
nasceu, já nascera com as linhas que ganhariam os números 003 e 507 a partir
dos anos 1980, além de atribuir o atual nome da linha ao nome do bairro como um
todo. Tanto é que a história das duas linhas confunde-se com a própria história
da Marcos da Silva, e é difícil não associar o nome da empresa a elas.

Existem alguns registros de uma
linha chamada João Machado, operada pela MDS, possivelmente era uma linha do
bairro de Jaguaribe.




A linha recebe o código 003 em
1986. O número zero significa que a linha não opera em um corredor específico,
operando na Vasco da Gama, que é uma área comum aos corredores 1 e 2, além de
passar por pequenos trechos da Av. Pedro II e da Av. Cruz das Armas.

Uma relação de amor e ódio com os
passageiros
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Porém com o passar dos anos, a
Marcos da Silva, que mais tarde passaria a operar as linhas 401, 508, 509 e
512, passaria a tratar as duas linhas-pilares da empresa de uma maneira
completamente oposta. Até hoje, os veículos adquiridos zero pela empresa
estreiam no 507; e todos os que estão próximos de ir para a reserva ou estão de
saída da MDS acabam indo para a linha 003. Com a fama de receber o que é
classificado como “o que o 507 não quer mais” ou “os 507 da década passada”, o
serviço notoriamente é comprometido pelo tratamento que a empresa dispensa, e
inevitavelmente é perceptível aos passageiros, sendo alvo de críticas e reclamações
dos mesmos.


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Em novembro de 2011, uma
pesquisa de opinião
realizada por alunos de Relações Públicas da UFPB, após entrevistas 250
pessoas no Terminal de Integração, identifica a linha 003 como a pior da
cidade. Os entrevistados relataram como principais fatores os atrasos e o
estado de conservação dos veículos. Os maiores índices de insatisfação com a
linha foram encontrados entre os idosos e os estudantes do IFPB. Não é raro
encontrar relatos e registros de quebras da linha.

A linha é operada atualmente por
quatro veículo sem serem fixos, composto por Urbanuss Pluss, Viale, Torino 1999
e Svelto 2000, e nos domingos roda com apenas um. Em alguns domingos, é operada
por um dos micros da linha I007. 

Frota que já passou pela 003
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Bastante modelos já fizeram essa
linha. Os principais foram: Caio Bela Vista, Gabriela, Amélia, Alpha e Vitória;
Marcopolo Torino 1989 e GV; Busscar Urbanus II e Urbanuss.

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