Um resumo da história do ônibus

Fonte: Transporte Mundial Texto: Creso de Franco Peixoto Desde os anos 1960 ônibus aceleram em velocidade e tecnologia. Beleza e segurança, forte evolução automobilística. A facilidade de deslocamento ...

Fonte: Transporte Mundial
Texto: Creso de Franco Peixoto

f6ac2ad9057b51207ca51726c8c116e2Desde os anos 1960 ônibus aceleram
em velocidade e tecnologia. Beleza e segurança, forte evolução automobilística.
A facilidade de deslocamento garantida pelo planejamento de rotas e pontos de
apoio. Anos 1960. Acanhados 40 assentos em pós-jardineiras de sisudas chapas de
aço pintado. Embarque, corrida de obstáculos, degraus da entrada ao assento.
Anos 1970. Brilhantes ônibus de chapas inox. Greyhound, a gigante mundial
americana, indutora de ônibus de emocionante plástica viária em terras abaixo
do Equador. Turbinas sibilam no início de cada jornada. Em outros projetos,
leves veículos, com aparência de mais seguros. Altos, conferem maior
importância ao passageiro. Seus grandes bagageiros, dúvida quanto ao possível
excesso de peso. Muda a lei em 1990: ônibus na balança. Leia mais aqui!

 
a347c26abeaddf64d8f5f69363183277Protestos. Mas os estudos estatísticos comprovam
que não há excesso de peso na nova configuração.


1990. Ergonômicos bancos. Revestidos com couro,
priorizam beleza e luxo. Com tecidos porosos, maciez e irradiação de calor.
Cintos disponibilizados, tranquilidade aos viajantes, conscientes de que o
tombamento mata os que acham bobagem seu uso. Nos EUA, instalados no encosto do
banco. Se não usados, incomodam. No Brasil, quase escondidos, abaixo dos braços
dos assentos.

Fica mas caro andar de ônibus. Em 1970, com
quatro pessoas no carro se iguala o preço das passagens rodoviárias ao custo da
gasolina. Em 2010, bastam duas pessoas. Errada priorização. Inculcou-se a ideia
de que andar de ônibus é atraso. Na Europa, ministros de Estado vão de ônibus.
Com ônibus, transportam-se 12 vezes mais passageiros do que em carros, a 40
km/h. Mas a assimetria na fiscalização gera menos ônibus velhos e mal mantidos
do que carros se desmanchando e entupindo ruas brasileiras.

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Uma foto rara: Urbanus Volkswagen da extinta Boa Vista

Para fomentar o uso do ônibus, liberdade para
empresas operarem sem rodoviária ou pontos de venda de passagem. Computadores e
celulares os substituem, comum entre cidades norte-americanas. Reduz custo da
passagem em mais de 40%. Que se jogue a zero os tributos na passagem de ônibus,
minimizando a injusta assimetria do IPI zero para carro. 

Outras políticas. Integração ônibus-bicicleta,
com bicicletários e suporte para bicicletas na frente do ônibus. Estas não
poluem, auxiliam na redução de peso do brasileiro e qualificam a vida ao
garantir esforço aeróbio, em seguras ciclovias. Para maior rapidez, faixas
exclusivas de ônibus. Eliminação total da tarifa do ônibus. Em Portland, USA,
ônibus de graça no centro expandido até meados deste ano, pago por impostos ou
taxas. O motorista já está pagando o ônibus, tende a preferir deixar o carro em
casa.

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Para melhorar a mobilidade, uma árvore de
opções. Raiz, viagens capilares de concentração de passageiros, a pé ou de
bicicleta. Tronco, ônibus, suficiente cidades de menor porte. Galhos, bus rapid
transit (BRT) ou veículo leve sobre trilhos (VLT) ou ainda veículo leve sobre
pneus (VLP), para cidades de grande porte. Altos ramos, metrô, para grandes
metrópoles. Ônibus, solução. Carro, entupimento viário, um ateroma de veículos
avizinhando enfarto que matará a já quase saudosa mobilidade.

Creso de Franco Peixoto é mestre em Transportes
e professor de disciplinas de Transportes do Centro Universitário da FEI
(Fundação Educacional Inaciana)

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